Universal nos Presídios promove ação a servidores da Cadeia Pública de Porto Alegre

Universal nos Presídios promove ação a servidores da Cadeia Pública de Porto Alegre

Evento com os profissionais ocorre anualmente há mais de uma década

Christian Bueller

Igreja levou atendimento ao presídio

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Há mais de 30 anos atuando nas penitenciárias masculinas e femininas de todo o Brasil, amparando mais de 500 mil presidiários, a Universal nos Presídios (UNP), iniciativa mantida pela Igreja Universal, realizou, recentemente, uma ação diferente. Durante todo o dia, voluntários prestaram, entre outros, serviços de massagem relaxante, barbeiro, cabeleireiro, manicure, designer de sobrancelhas a agentes de segurança e administrativos da Cadeia Pública de Porto Alegre (antigo Presídio Central).

O evento com os profissionais ocorre anualmente há mais de uma década. Segundo o pastor Charles Almeida de Aguiar, que coordena o programa social no Rio Grande do Sul há três anos, a ação é uma forma de reconhecer o trabalho realizado dentro das casas prisionais. “Os servidores sempre nos abrem as portas para o trabalho de ressocialização que fazemos com os detentos”, lembrou. A iniciativa na Cadeia Pública teve coffee break, uma palavra de fé e foi encerrada com a entrega de um panetone como lembrança para os agentes de segurança pública. “Já entregamos o presente a cerca de 70% de penitenciárias no Estado. Realizamos o café em presídio da Capital, interior e litoral gaúcho”, salienta o pastor.

Durante a ação, enfermeiros também fizeram medição de pressão arterial e de glicose dos funcionários. Ao todo, 15 voluntários da UNP atenderam 50 trabalhadores, entre civis e militares, da casa prisional. “A Igreja Universal é uma entre tantos parceiros que temos e fizeram mais que um atendimento: um carinho para nós, servidores, que aceitamos esse gesto de bom grado”, agradeceu a diretora da Cadeira Pública, major Ana Maria Hermes.

Pastor Charles ressalta o papel destes profissionais para a sociedade. “A vida deles é corrida e tensa, dentro de uma casa prisional pode se esperar de tudo. Então, ouvir o feedback de cada servidor de que ficaram felizes com a ação é muito reconfortante. Ainda que seja simples, a atividade foi transmitida com muito amor e dedicação. A gente sabe que muitos deles ficam longe de casa, de suas famílias. Ver a alegria deles é muito satisfatório”, conta.

O coordenador da UNP no Estado ressalta o desprendimento dos voluntários que se depuseram a participar. “Muitos deles têm lojas ou salões de beleza e fecharam ou pediram folga por um dia para poder prestar os serviços na Cadeia Pública. Eles também ficaram felizes com o resultado”, diz o pastor Charles. Ele se emociona ao relatar a satisfação de estar à frente do projeto. “Não medimos esforços. Nosso salário é a resposta deles, nos dando retorno sobre o trabalho desenvolvido”, frisa.

A UNP, que promove ações por todo o Brasil, se expandiu e atualmente está presente em mais 55 países nos cinco continentes. Foram atendidas 1,4 milhão de pessoas, no ano passado, entre detentos, familiares e funcionários de presídios.

“É um trabalho feito todas as semanas dentro das galerias nos espaços de ressocialização dos estabelecimentos prisionais. São distribuídos kits de higiene, disponibilizados cursos profissionalizantes para áreas como padarias, construção civil, corte e costura, barbeiro, entre outros”, explica o pastor, que acrescenta nas o projeto “Livres para jogar”, que desenvolve campeonatos de futebol dentro dos presídios. Ao todo, 1.540 voluntários participam da UNP somente no RS, entre as mais de 15 mil pessoas que integram o programa no país e no exterior.


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