UPA de Esteio segue sem previsão para entrar em funcionamento

Após cinco meses da entrega do prédio com todas as instalações concluídas e necessárias para entrar em funcionamento, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas, de Esteio, ainda não iniciou os atendimentos de urgência e emergência no espaço. O prédio – que contou com um investimento de R$ 2,6 milhões -, que fica entre a Travessa Mário Cutruneo e a rua Novo Hamburgo, no bairro Olímpica, e que tem capacidade para efetuar até 150 atendimentos diários, está completamente vazio, sem qualquer aparelhagem médica.

A comunidade de Esteio, que há anos esperou pelo início e fim da obra, reclama da demora efetiva da ocupação do espaço - através da contratação de equipes - e da prestação de serviços médicos. A aposentada Eleni Baptista Vargas Coutinho, 62 anos, que tem problemas cardíacos, lamenta o descaso com a população. “Há anos esperamos pela UPA. Agora está aí, atirada, vazia, sem nenhuma serventia. Enquanto isso, temos que contar com os atendimentos centralizados no Hospital São Camilo.” O metalúrgico Adão Machado do Canto, 51 anos, que tem dois filhos com problemas respiratórios, disse que o início dos trabalhos no local iria facilitar muito no atendimento das crianças.

A Prefeitura de Esteio informou, através da assessoria, que está focada na qualificação da rede básica de saúde e na recuperação da sustentabilidade do Fundação de Saúde Pública São Camilo, para depois investir em mais um espaço de atendimento. Ressalta ainda que a Unidade de Pronto Atendimento - UPA de Esteio teve apenas o prédio concluído e entregue à comunidade, sem qualquer equipamento, recursos humanos, bem como previsão orçamentária para garantir seu funcionamento. Informa  também que desde a primeira semana de governo a atual gestão, através da Secretaria Municipal de Saúde, mantém contato com o Ministério da Saúde para tratar da situação da Unidade.

Serviços na Upa

A unidade de Pronto Atendimento prevê serviço de Raio X, exames laboratoriais, eletrocardiograma, oito leitos de observação (pediátricos e adultos), leitos para atendimento de emergência com monitor cardíaco, respirador, oximetria e bombas de infusão, salas de curativos, medicação e inalação.

A previsão é que a unidade funcione de forma integrada com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com o Hospital São Camilo e a rede básica de saúde. Além disso, o custeio mensal dos serviços e atendimento deve ser mantida por recurso tripartite: União, Estado e município.