Vacina Astrazeneca fabricada na Índia não está autorizada na UE

Vacina Astrazeneca fabricada na Índia não está autorizada na UE

Agência Europeia de Medicamentos afirmou que mesmo que use a mesma tecnologia, versão final do imunizante pode variar entre países

AFP

Agência Europeia de Medicamentos afirmou que mesmo que use a mesma tecnologia, versão final do imunizante pode variar entre países

publicidade

A versão indiana da vacina anticovid da Astrazeneca, chamada Covishield, não está licenciada na União Europeia (UE) devido a possíveis "diferenças" com a original, anunciou nesta quarta-feira o regulador europeu.

"Mesmo que use uma tecnologia de produção análoga à da Vaxzevria (imunizante da Astrazeneca), a Covishield como tal não está atualmente aprovada pelos regulamentos da UE", disse a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) em comunicado à AFP. "Isso ocorre porque as vacinas são produtos biológicos. Mesmo pequenas diferenças nas condições de fabricação podem levar a diferenças no produto final, e a legislação da UE exige que os locais de fabricação e os processos de produção sejam avaliados e aprovados como parte do processo de autorização".

Até o momento, existem quatro vacinas licenciadas na UE: Pfizer/BioNTech, Moderna, Astrazeneca e Johnson & Johnson. Quatro outras estão "em processo de revisão" para possível aprovação: a russa Sputnik, a chinesa Sinovac, a alemã CureVac e a americana Novavax.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu sua aprovação à Covishield e lamentou que alguns países rejeitem o produto. A União Africana criticou que a falta de autorização na UE da vacina de baixo custo fabricada na Índia pode causar transtornos à África, onde é amplamente distribuída.

"É uma grande vergonha porque a Astrazeneca-Covishield é exatamente a mesma vacina que a Astrazeneca-Vaxzevria, que é aceita na vacinação", disse na terça Richard Mihigo, do escritório regional da OMS para a África. "A única diferença é que a Astrazeneca-Covishield é fabricada e distribuída em outras partes do mundo fora da Europa", acrescentou.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895