Vale retoma transporte de cargas na região onde mina apresenta risco

Vale retoma transporte de cargas na região onde mina apresenta risco

Deslocamento de talude de mina em Barão do Cocais, Minas Gerais, preocupa Agência Nacional de Mineração

Correio do Povo e AE

Transporte de cargas foi retomado em ferrovia de Barão de Cocais

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A Vale informou que está retomando nesta quinta-feira a circulação dos trens de carga com operação regular no ramal Belo Horizonte da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), onde são transportados minério de ferro, combustíveis, grãos, aço, entre outros produtos. Segundo a mineradora, uma empresa internacional de consultoria atestou que uma eventual onda gerada pelo deslizamento do talude norte da cava da mina de Gongo Soco em Barão do Cocais (MG) não atingiria a ferrovia.

O transporte de cargas, que ocorre nas imediações da mina, foi interrompido na estrada de ferro entre Sabará e Barão de Cocais no dia 19 de maio, depois que foram identificadas movimentações no talude norte da estrutura. De acordo com a empresa, o trem de passageiros permanece em operação especial, mas a Vale vai solicitar à Agência Nacional de Mineração (ANM) que também possa retornar às operações regulares.

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• Mais um corpo é encontrado em área atingida por lama em Brumadinho 

As operações de transporte de cargas tinham sido interrompidas no final de maio quando a movimentação do talude norte da mina chegou a 18 centímetros, conforme a Agência de Mineração. 

No final de março, a barragem Sul Superior foi classificada com o nível 3 de alerta, que significa risco iminente de rompimento. Desde 8 de fevereiro, quando o risco ainda era nível 2, as pessoas começaram a ser retiradas da chamada zona de autossalvamento, isto é, aquelas áreas que seriam alagadas em menos de 30 minutos ou que estão situadas a uma distância de menos de 10 quilômetros.

Os alertas e a preocupação com as minas de rejeitos de Minas Gerais aumentaram desde o rompimento da barragem 1 da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 25 de janeiro, que resultou no transbordamento de 12 milhões de m³ de lama. A tragédia ambiental resultou em 245 mortos e na contaminação do Rio Paraopeba. O Corpo de Bombeiros ainda trabalha com máquinas na região na tentativa de reconhecer 25 corpos. 


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