Vandalismo contra sinalização viária em Porto Alegre já custou mais de R$ 38 mil em 2022

Vandalismo contra sinalização viária em Porto Alegre já custou mais de R$ 38 mil em 2022

Prefeitura intensificará rondas nos locais de maior incidência

Christian Bueller

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Um homem foi preso em flagrante por roubo de fios da rede elétrica do terminal de ônibus Mendes Ribeiro, entre as avenidas Carlos Gomes e Protásio Alves. Em março, agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) precisaram sinalizar bloqueio total da Avenida Brasil, no trecho entre as avenidas Pernambuco e Bahia, por causa de incêndio nos fios de energia. Motivo: furto de cabos na região. Casos como estes não têm sido raros na Capital.

O vandalismo contra equipamentos do serviço público aumentou em Porto Alegre no primeiro trimestre de 2022, em comparação ao mesmo período do ano passado. Somente se tratando do mobiliário de trânsito, foram 61 casos de janeiro a março deste ano, o que representa mais da metade das ocorrências de todo o ano de 2021, quando foram 105 ocorrências. Segundo a Gerência do Mobiliário e Sinalização Viária (GMSV) da EPTC, o vandalismo no setor já custou neste ano, um prejuízo de R$ 38,6 mil. Deste montante, R$ 22,1 mil se referem a depredações contra placas de sinalização, R$ 9,5 mil aos semáforos e R$ 7 mil em relação à iluminação.

O secretário municipal de Serviços Urbanos de Porto Alegre, Marcos Felipi, lembra que os prejuízos relacionados ao vandalismo vão muito além da questão financeira. “Quando as equipes técnicas precisam atuar repetidas vezes em um mesmo ponto que foi destruído, o tempo de trabalho é muito maior. Quem mais perde com isso é a população porque os espaços públicos mal iluminados ou vandalizados se transformam em locais de risco”, afirma. Os transtornos ocasionados em relação ao furto em terminais e demais instrumentos de sinalização vão desde conflitos no trânsito, com o risco de engarrafamentos, acidentes e atropelamentos, até o de choques elétricos, salienta o secretário municipal adjunto de Mobilidade Urbana, Matheus Ayres. “Todo o circuito de cabos possui dispositivo de proteção, porém, dependendo do local, estes dispositivos ficam fora de ação”, enfatiza.

Para dificultar a ação dos criminosos, a prefeitura informa a intensificação de rondas nos locais de maior incidência. “Nossas guarnições estão patrulhando e monitorando diferentes pontos da Capital. Estamos atentos e agindo de forma integrada com os demais órgãos de segurança para reduzirmos o furto de fios e cabos na cidade”, afirma o comandante da Guarda Municipal, Marcelo do Nascimento. As regiões que mais preocupam são o 4º Distrito, em relação aos semáforos, e 3ª Perimetral, em se tratando dos terminais de ônibus.

Na iluminação os pontos que mais sofrem vandalismo são os parques e o Túnel da Conceição. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb) investe em redes subterrâneas, como ocorreu no Parque Marinha. A revitalização da iluminação do parque é feita pela concessionária IPSUL e iniciou em agosto de 2021. Além do restabelecimento das redes, já foram recuperados 22 postes de 4 metros, 43 postes de 6 metros, 25 postes de 8 metros, 10 postes de 10 metros, 2 postes de 12 metros, 77 luminárias de 37W e 113 luminárias de 30W. A segunda fase da recuperação do Parque Marinha inicia na segunda quinzena de abril.

A população também pode contribuir fazendo denúncias de furtos e roubos pelos telefones 153 e 156, disponibilizados pelo Município.


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