Vento passa dos 80 km/h no litoral gaúcho

Vento passa dos 80 km/h no litoral gaúcho

Marinha recomenda que a população evite esportes náuticos ou pesca

Henrique Massaro

Marinha recomenda que que a população evite esportes náuticos ou pesca

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O forte vento registrado nesta sexta no Litoral Norte gaúcho deixou o mar bastante agitado e as beiras de praia quase intransitáveis. Em alguns pontos, as rajadas ultrapassaram os 80 quilômetros por hora. A ventania levava a maresia e até areia de contra as poucas pessoas que tentavam caminhar à beira mar.

Na praia de Salinas, em Cidreira, caminhar era uma atividade que exigia empenho. O vento forte, contra, conseguia atrapalhar. Já a favor, era capaz de empurrar um pedestre que não se fixasse firmemente. Quanto mais próximo do mar, pior era a situação, sendo até mesmo difícil manter os olhos abertos. As ondas, apesar de não muito altas, mostravam quebrar com bastante intensidade, deixando o mar revolto.

Em Tramandaí, a situação era a mesma de Cidreira. No entanto, não surpreendeu moradores locais. Vanderlei Schmitt, de 59 anos, mora perto da praia há cerca de 12 anos e foi até perto do mar verificar a situação. Ele disse que viu nas redes sociais que a plataforma havia ficado submersa, mas, chegando no local, a situação não era nem perto de ser tão ruim. "Isso não é ressaca, é um 'nordestão'", disse, referindo-se ao vento nordeste.

Ainda conforme Schmitt, este tipo de vento é comum para quem mora no Litoral e é até mesmo considerado bom, porque é seco e, no inverno, não mantém o clima tão frio. De acordo com a funcionária da plataforma de Tramandaí, Joseli da Silva, as imagens que circulavam nas redes sociais da plataforma quase submersa eram da ressaca de novembro do ano passado, em Atlântida. Ela também comentou que, ontem, o que ocorria era apenas um ciclone, considerado normal.

Segundo informação da MetSul Meteorologia, em Tramandaí foi registrada rajada de 85 quilômetros por hora. Em Mostardas, a ventania foi ainda mais forte, chegando a 86 quilômetros por hora. Outros pontos com ventos fortes foram o Chuí, com 75 quilômetros, e Jaguarão, com 73. A ventania também deixou o ancoradouro do Porto de Rio Grande fechado para manobras. A Marinha orientou a população a evitar esportes náuticos e a pesca, pois havia previsão de que as ondas chegassem a quatro metros.

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