Vereadores discutem proibição de aplicativos para transporte em veículos privados

Vereadores discutem proibição de aplicativos para transporte em veículos privados

Autor da proposta acredita que, se aprovada, lei pode bloquear Uber em Porto Alegre

Bruna Cabrera

Autor da proposta acredita que, se aprovada, lei pode bloquear Uber

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Começa na tarde desta quarta-feira, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, a discussão sobre o projeto de lei quer por proibir que carros particulares façam o serviço de transporte remunerado de passageiros solicitados via aplicativos. De acordo com o autor da proposta, o vereador Claudio Janta (SDD), carros privados não poderão mais carregar pessoas mediante pagamento. O vereador acredita que a lei será mais um argumento para tirar de Porto Alegre a Uber, serviço que pode ser solicitado via celular. “Acredito que, se aprovada, a lei pode bloquear o aplicativo”, disse em entrevista ao Correio do Povo. 

Segundo o vereador, a norma deverá fortalecer a lei municipal 11.582/2014 já vigente. Segundo a lei, é proibido o transporte remunerado de passageiros em veículos que não tenham características de prestadores de serviços, como táxis e caminhões, que têm a placa vermelha. “Tudo que é ilegal tem que ser punido”, disse Janta. Dois carros que prestam serviços para a Uber já foram recolhidos das ruas de Porto Alegre. Um na semana passada e outro nesta quarta-feira. Os motoristas foram multados em R$ 5.860 – o valor dobra em caso de reincidência.

Em nota, a Uber afirmou que "não concorda com apreensões porque o serviço prestado pelo motorista parceiro da Uber não só encontra respaldo na legislação federal mas ainda na própria constituição federal". E ainda reforçou que "nossos parceiros têm que ter seus direitos constitucionais de trabalhar (exercício da livre iniciativa e liberdade do exercício profissional) preservados".

De acordo com a assessoria de imprensa da Uber, localizada em São Paulo, o serviço não é um táxi e nem uma empresa de carona paga. Os motoristas são profissionais e contam com a anotação "Exerce Atividade Remunerada" nas carteiras de habilitação, ou seja, atuam como motoristas parceiros da empresa. A empresa esclareceu ainda que o serviço é um transporte individual privado, previsto na lei federal 12.587/2012, diferente de táxi, que é um transporte individual público, e do ônibus, que é um transporte coletivo público.

O serviço começou a operar em Porto Alegre em 19 de novembro. A empresa está presente também em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.


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