Vieira da Cunha acolhe propostas do Cpers para atender demanda de professores

Após um encontro com o secretário da Educação, Vieira da Cunha, dirigentes do Cpers-Sindicato saíram satisfeitos com as garantias prometidas à classe. Com um período de ajuste nas matrículas entre 26 e 30 de janeiro, o Estado ainda vai concluir o cálculo para chegar à quantidade de professores a ser contratada para atender a demanda do ano letivo de 2015.

A promessa foi de aproveitamento de um banco de espera do último concurso para o magistério, que teve 13 mil aprovados em 2013. O impasse ocorre porque, nesse banco de excedentes, só há professores das áreas de linguagens e de Currículo por Atividades, o que não resolve a escassez de docentes em outros setores do conhecimento.

A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, se disse confiante na palavra do secretário. “Nós sugerimos e ele aceitou. As nomeações podem até zerar esse banco de espera. Também vai ser feito um levantamento para saber a quantidade exata de professores que estão no aguardo de chamamento”, explicou a sindicalista.

Outra proposta, também acatada pelo secretário, envolve aproveitar os professores desligados, no fim do ano passado, após o término do contrato emergencial. “A continuidade no ensino é fundamental e esse grupo já havia se adaptado com as classes e escolas. Em muitos casos, o estado precisa chamar um, dois, três, quatro ou cinco professoras até que alguma se enquadre à instituição”, afirmou Helenir.

Mil professores foram afastados com o término dos contratos emergenciais e a PGE foi requisitada para fazer uma análise sobre a possibilidade de revogar o ato, evitando, com isso, a abertura de mais uma processo de contratação temporária.

Os sindicalistas, porém, alertaram o secretário sobre a necessidade de manutenção do banco de espera e, portanto, da realização de mais um concurso público. Outra lembrança é de que as novas diretrizes nacionais de ensino estabelecem um índice de 90% de nomeados nas escolas, que obrigatoriamente deve ser cumprido em breve pelos governos em cada Estado.

Saiba mais

Por ano, ocorre defasagem de no mínimo 8% no quadro de professores em função dos pedidos de aposentadoria. Em 2010, de acordo com o Cpers, havia aproximadamente 20 mil professores trabalhando com contrato emergencial. Nos quatro anos da gestão do ex-governador Tarso Genro (PT), cerca de 14 mil professores foram nomeados após concurso público. Em função da defasagem, porém, ainda há 19 mil profissionais contratados de forma temporária no Rio Grande do Sul.