Vigília em frente da Carris deve ser encerrada na quarta

Vigília em frente da Carris deve ser encerrada na quarta

Atos itinerantes ocorrerão em outras garagens da companhia

Henrique Massaro

Vigília em frente à Companhia Carris completou 15 dias

publicidade

A vigília em frente à Companhia Carris, que hoje completa 15 dias, deve ser encerrada na próxima quarta-feira. Ela, no entanto, não vai de fato terminar, porque os trabalhadores darão início às chamadas vigílias itinerantes, em frente a outras garagens da empresa.

A decisão foi tomada na manhã de sábado, após assembleia geral. De acordo com o motorista e membro da Frente Parlamentar em Defesa da Carris na Câmara, Rogério Escouto, a mobilização é contra um processo de sucateamento que vem ocorrendo na Companhia. Ainda segundo ele, atualmente são aproximadamente 50 ônibus parados o que gera, também, funcionários sem trabalhar. Outro ponto, na visão de Escouto, é a falta de um treinamento efetivo de pessoal.

Os trabalhadores ainda afirmam que há um excesso de cargos comissionados (CCs) dentro da Carris, que se recusam a dialogar. Conforme Rogério Escouto, todas as reuniões são com portas fechadas, sem que representantes dos funcionários possam participar e mostrar suas demandas.

Desde o início da vigília, a categoria tem mantido um piquete formado em frente à sede da Companhia, na zona Leste de Porto Alegre. São cerca de 60 funcionários que se revezam no local 24 horas por dia. Na sexta-feira passada, os servidores ligados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), além de representantes do Cpers, da Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS) e de vereadores da oposição, promoveram um abraço simbólico na Carris.

O objetivo do ato era lutar contra a privatização da instituição. Segundo Escouto, no entanto, o maior temor hoje não é necessariamente que a Carris seja privatizada, mas que ocorra um “entreguismo” para a iniciativa privada. Isso, de acordo com ele, já aconteceu com linhas importantes, como a 510 - Auxiliadora, considerada a mais rentável da América Latina.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895