Vigília em frente da Carris deve ser encerrada na quarta
Atos itinerantes ocorrerão em outras garagens da companhia
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A decisão foi tomada na manhã de sábado, após assembleia geral. De acordo com o motorista e membro da Frente Parlamentar em Defesa da Carris na Câmara, Rogério Escouto, a mobilização é contra um processo de sucateamento que vem ocorrendo na Companhia. Ainda segundo ele, atualmente são aproximadamente 50 ônibus parados o que gera, também, funcionários sem trabalhar. Outro ponto, na visão de Escouto, é a falta de um treinamento efetivo de pessoal.
Os trabalhadores ainda afirmam que há um excesso de cargos comissionados (CCs) dentro da Carris, que se recusam a dialogar. Conforme Rogério Escouto, todas as reuniões são com portas fechadas, sem que representantes dos funcionários possam participar e mostrar suas demandas.
Desde o início da vigília, a categoria tem mantido um piquete formado em frente à sede da Companhia, na zona Leste de Porto Alegre. São cerca de 60 funcionários que se revezam no local 24 horas por dia. Na sexta-feira passada, os servidores ligados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), além de representantes do Cpers, da Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS) e de vereadores da oposição, promoveram um abraço simbólico na Carris.
O objetivo do ato era lutar contra a privatização da instituição. Segundo Escouto, no entanto, o maior temor hoje não é necessariamente que a Carris seja privatizada, mas que ocorra um “entreguismo” para a iniciativa privada. Isso, de acordo com ele, já aconteceu com linhas importantes, como a 510 - Auxiliadora, considerada a mais rentável da América Latina.