Vigilância Sanitária interdita mais nove quiosques em Imbé
Maior parte é de pontos de venda de crepe instalados em casas de quatro metros quadrados
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A maior parte dos quiosques é formada por pontos de venda de crepe instalados em casas de quatro metros quadrados. Como exercem a atividade sem alvará sanitário, os comerciantes não podem contar com água encanada. A prefeitura de Imbé alega, no entanto, que o município deveria ter um prazo de 30 dias para promover as adaptações, o que não ocorreu.
De acordo com a diretora da assessoria jurídica do Executivo, Gabriele Reuter, a decisão judicial da 3ª Vara Cível de Tramandaí chegou ao prefeito Darcy Luciano Dias na última segunda-feira. Três dias depois, começaram as interdições.
Os comerciantes que tiveram seus estabelecimentos interditados decidiram se unir e ingressaram com um mandado de segurança na Comarca de Tramandaí. Eles reclamam que não houve notificação prévia e que as interdições ocorreram justamente no período de maior movimento. Paulo César Pavão, de 48 anos, quiosqueiro há sete, está entre os comerciantes prejudicados com a interdição.
Para a higienização, ele utiliza bombonas de água. "Me sinto perdido. A gente depende do verão para viver", afirmou. O também comerciante Márcio Cruz, de 38, que tem duas casas de crepe e emprega 11 pessoas, alega que utiliza papel toalha e pano com álcool para garantir a higiene do estabelecimento. "Vivemos estritamente daqui há 13 anos", disse.
Na próxima semana, uma reunião deverá ser agendada entre a prefeitura de Imbé e o Ministério Público para resolver o impasse. Uma das alternativas apontadas pelos comerciantes é a utilização de bombonas de água conectadas a uma pia.