Vigilantes decidem à tarde rumos da paralisação no Estado
Grevistas voltaram a realizar manifestação em Porto Alegre
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Os vigilantes reivindicam reposição salarial de 15%, mais aumento de 25% no adicional de risco de vida e R$ 15 de vale-alimentação for aceita. “Com esse reajuste, nosso vencimento básico passaria dos atuais R$ 903 para R$ 1.038. Só queremos receber de acordo com o risco que assumimos nas agências", explica o diretor do sindicato da categoria (Sindi-Vigilantes do Sul), Luiz Carlos Garcia da Silva.
A Associação dos Bancos do Rio Grande do Sul (Asbancos-RS), Jaci Meyer, criticou o movimento, já que os afetados são, principalmente, os bancos e os clientes. Grande parte das instituições fecharam as portas durante as paralisação anteriores e a situação pode se repetir.
A Asbancos-RS e o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e região Metropolitana (Sindbancários) não divulgaram levantamento oficial do número de agências fechadas, mas garantiram que o movimento havia perdido força em relação à semana passada.
Coordenador da Regional Sul da Confederação Nacional dos Vigilantes, Ademir Pincheski rechaçou a tese de que a categoria estaria impedindo a população de entrar nas agências. “Na frente dos bancos, com respaldo da lei, apenas tentamos convencer a população sobre o perigo de ir neste ambientes sem segurança. Pelo menos 15 mil vigilantes aderiram a greve”, avaliou Pincheski ao destacar que a categoria está aberta a novas negociações.
De acordo com a assessoria de imprensa do SindBancários, ainda que o sindicato apoie a manifestação dos vigilantes, a entidade ingressou na Justiça exigindo que as agências somente abram suas portas ao público com o mínimo de 30% dos funcionários atuando, conforme previsto na legislação.
Trabalhadores em greve chamaram os que estavam atuando para se unir à manifestação / Foto: Bruno Alencastro