Visando recursos para infraestrutura, Prefeitura estimula construções maiores

Visando recursos para infraestrutura, Prefeitura estimula construções maiores

Executivo municipal está leiolando 66 lotes, que correspondem a 42 mil m² de índice construtivo

Gabriel Jacobsen / Rádio Guaíba

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A Prefeitura de Porto Alegre tem a expectativa de arrecadar pelo menos R$ 80 milhões com os 42 mil m² de índice construtivo que estão sendo leiloados até esta sexta-feira. Os recursos serão investidos em obras de infraestrutura urbana, inclusive na construção dos BRT’s e do metrô.

Os índices construtivos são utilizados especialmente por grandes construtoras que querem realizar projetos que extrapolem o volume padrão do empreendimento. Para chegarem ao nível máximo, elas devem comprar esse direito de outros empreendedores ou participar de leilões como o lançado agora.

A medida deve aquecer o setor imobiliário da cidade nos próximos dez anos, período em que os índices comprados podem ser utilizados. Os 66 lotes disponíveis se dividem em cinco regiões da cidade, onde o Plano Diretor permite receber construções maiores e mais altas a partir dos próximos meses.

O secretário-adjunto de Urbanismo, José Luiz Cogo, admite que, aumentando o adensamento populacional nessas regiões, cresce também a dificuldade de locomoção até que as obras de BRT e do metrô sejam concluídas. O secretário-adjunto lembrou ainda que os índices são leiloados respeitando o Plano Diretor de Porto Alegre, aprovado em 1999, mas reconhece que desde então houve um incremento grande na frota de automóveis no País.

O Sinduscon-RS festeja o leilão realizado pela Prefeitura, medida que não era tomada pelo poder público há dez anos. Segundo o vice-presidente da entidade, Aquiles Dal Molin Júnior, a facilitação para construção de maiores empreendimentos deve se refletir em uma estagnação dos valores dos imóveis na Capital, atualmente supervalorizados.

A expectativa do setor imobiliário é de que, em três meses, a Prefeitura abra novo leilão, já que existem ao menos outros 230 mil m² possíveis de comercialização. Os leilões foram autorizados pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre através da lei que instituiu o Fundo da Copa do Mundo de 2014 (Funcopa).

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