Vizcarra, ex-presidente peruano que se vacinou antes de aprovação de imunizante, contrai Covid-19

Vizcarra, ex-presidente peruano que se vacinou antes de aprovação de imunizante, contrai Covid-19

Ele e a esposa, que receberam a dose de reforço em outubro de 2020, quatro meses antes de autorização de uso emergencial, testaram positivo

AFP e Correio do Povo

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O ex-presidente peruano Martín Vizcarra e a mulher estão com Covid-19, seis meses após terem se vacinado de forma polêmica com o imunizante Sinopharm. A informação foi divulgada neste domingo, em meio à segunda onda da pandemia no país, impulsionada pela variante de coronavírus com origem no Brasil. O ex-primeiro-casal recebeu as duas doses do imunizante antes do mesmo ser aprovada pelas autoridades de saúde locais, mas negou ter agido de forma irregular.

O escândalo, chamado de Vacinagate, explodiu em fevereiro e envolveu 487 pessoas, a maioria funcionários, incluindo duas ministras do governo interino atual. "Apesar dos cuidados para evitar levar o vírus para casa, minha mulher e eu testamos positivo e somos sintomáticos", publicou Vizcarra, presidente entre 2018 e 2020, em sua conta no Twitter. "Minha família está tomando as medidas de isolamento necessárias. Não baixemos a guarda."

Aos 58 anos, ele foi criticado por não ter usado máscara, nem ter respeitado o distanciamento social, durante sua campanha para as eleições parlamentares do último dia 11. A infecção ocorreu na semana em que o Congresso o inabilitou a ocupar a cadeira que conquistou, por ter se vacinado de forma irregular em outubro, um mês antes de ser destituído devido a um suposto caso de corrupção.

O país começou em março a campanha de vacinação após aprovar a Sinopharm em caráter extraordinário. Em meados de fevereiro de 2021, o ex-Vizcarra alegou que havia participado do estudo da Sinopharm e que ele, sua esposa e um irmão mais velho receberam a vacina e seu reforço em outubro de 2020.

 

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