Zoológico de Sapucaia do Sul recebe 2 mil animais por ano

Quem pensa que o Parque Zoológico, em Sapucaia do Sul, abriga apenas animais vindos do seu habitat natural e áreas selvagens está enganado. Cerca de 50% dos animais que vivem nos 160 hectares do zoo - que integra os 600 hectares da Reserva Florestal Padre Balduíno Rambo - são provenientes de apreensões feitas pelo Comando Ambiental da Brigada Militar, entregas voluntárias e resgates. “O Parque Zoológico recebe média de 2 mil animais por ano, mas nem todos permanecem lá. Alguns são devolvidos à natureza. Cerca de 90% das espécies recebidas são pássaros silvestres, nativos, exóticos ou domésticos, geralmente criados em cativeiros clandestinos”, diz o biólogo da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, João Carlos Dotto.

A bióloga do setor de zoologia do parque, Vanessa Silva, explica que assim que chegam, os animais são encaminhados para o Centro de Triagem que identifica se podem voltar para seu habitat natural ou se necessitam de cuidados. “A maioria é oriunda do tráfico e, muitas vezes, chegam mortos. Alguns precisam ser alocados em um espaço que chamamos de recinto extra, uma área restrita do zoológico onde ficam os animais que não recebem visitação.” Muitos nunca tiveram contato com outros bichos e precisam de um período de adaptação, aproximação ou isolamento. O recinto também abriga os que não conseguem conviver com o público.

Macacos-prego, babuíno, puma, anta e até um casal de bugios são algumas das espécies que hoje vivem no recinto extra, uma área tão grande quanto à de visitação. Para alguns o local é permanente, para outros, uma estadia provisória, lembra a bióloga. O zoo fica no km 253 da BR 116 e abriga 1,1 mil animais.