Maior conferência de tecnologia da Europa movimenta Lisboa
Pela segunda vez em Portugal, Web Summit deve reunir quase 60 mil pessoas
publicidade
Há cerca de uma semana, painéis espalhados pelos principais pontos turísticos preparavam o espírito da cidade para o evento, na qual 21 conferências ocorrem em simultâneo, sobre temas que vão desde o futuro da indústria automobilística, saúde na era digital, marketing, robótica até esporte.
Enquanto os hotéis fazem preços especiais para os participantes, os proprietários de Airbnb esperam lucrar um dinheiro extra na baixa temporada. Os motoristas de Uber estão em polvoroso: Em 2016, a semana rendeu corridas extras, o que deve se repetir esse ano. A plataforma inclusive liberou o serviço de viagens partilhadas UberPOOL especialmente para a data (até 12 de novembro).
Cabify e My Taxi, serviços semelhantes ao Uber, também estão com descontos para participantes da conferência. Além disso, até mesmo as empresas de transporte público que atendem Lisboa e região estão mobilizadas: A CP (Comboios de Portugal), a Carris e o Metro oferecem durante essa semana uma mobilidade especial de bilhete combinado, o chamado passe Web Summit.
Mais de mil palestrantes vão encher os palcos do Web Summit este ano. Entre as principais atrações estão nomes como o de Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, e de François Holland, ex-presidente da França, além de comissários da União Europeia e do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, que é português. Para os fãs de tecnologia, entretanto, o destaque fica para a presença de Mark Hurd, presidente da Oracle, e Brad Smith, presidente da Microsoft.
O responsável pela segurança da Uber, Joe Sullivan, também está entre os palestrantes, além de Stan Chudnovsky, responsável pelo Messenger do Facebook. Oradores com feitos curiosos também se destacam na imensa lista, como Mike Massimino, autor do primeiro tweet publicado a partir do espaço, e Suzy Menkes, editoria internacional da revista Vogue. Um dos palestrantes mais aguardados é Brad Parscale, responsável pela estratégia de campanha digital que elegeu o presidente Donald Trump nas últimas eleições norte-americanas.
O evento é referência importante também para startups. A organização seleciona as 200 ideias de negócio mais promissoras e as convida para apresentar um pitch diante do público (para quem não está familiarizado com a linguagem, pitch é um discurso de venda que não dura mais do que cinco minutos). O grande objetivo dessas empresas recém-criadas é conquistar investidores. Além disso, um concurso de startups premia as melhores três ideias ao final da maratona de conferências.
Esse ano, o Web Summit deve reunir 59,1 mil pessoas de 170 países durante quatro dias (o evento segue até o dia 9). Só não vendeu mais ingressos por questões de segurança, já que há uma capacidade máxima nos galpões do Parque das Nações. Para se ter uma ideia na dimensão da conferência, principalmente entre a comunidade tecnológica mundial, todos os anos, no mesmo dia em que ocorre a abertura do evento, inicia a pré-reserva de ingressos para o próximo ano: Uma promoção no site do Web Summit já indica que dois bilhetes para a edição de 2018, dois bilhetes saem pela “bagatela” de 850 euros, ou seja, 3.260 reais. Esse ano, a média de preço (já que são vendidos em lotes), rondava os 750 euros (cerca de 2.800 reais). Em 2018, o evento ocorre mais uma vez em Lisboa.
Arena Altice, à beira do Tejo em Lisboa, LOTADA para a abertura do Web Summit 2017. Há 20 pessoas aqui @correio_dopovo pic.twitter.com/BF3Nw8rkG2
— Fernanda Pugliero (@fepugliero) November 6, 2017