Índia quer proibir prática de barriga de aluguel para estrangeiros

Índia quer proibir prática de barriga de aluguel para estrangeiros

Governo considera que técnica reprodutiva explora mulheres mais pobres

AFP

Índia quer proibir prática de barriga de aluguel para estrangeiros

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O governo indiano anunciou nesta quarta-feira que vai proibir aos estrangeiros pagar por barrigas de aluguel com o intuito de frear a chegada de milhares de pessoas ao país com o objetivo de contratar essa técnica reprodutiva. "O governo não apoia o comércio das mães de aluguel", indicou o executivo em uma declaração no Supremo Tribunal, que está examinando a questão. "Nenhum estrangeiro pode fazer uso desse serviço na Índia", continuou o governo, declarando que iniciativa está reservada apenas para casais indianos.

Em 2002, a Índia permitiu a remuneração de mães de aluguel e desde então milhares de casais, muitos deles estrangeiros, fizeram uso de seus serviços. Porém, os opositores dessa técnica consideram que, na realidade, trata-se de mais uma forma de exploração das mulheres mais pobres.

Perguntado sobre essa questão, o Supremo Tribunal indiano pediu recentemente ao governo que descreva as medidas que pretende tomar para regularizar o setor. A Índia é um dos principais destinos dos estrangeiros que querem recorrer à gestações por barriga de aluguel, graças aos baixos preços, à qualidade de seus médicos e à abundância de mulheres dispostas a aceitar a negociação. Só em Nova Délhi, há dezenas de clínicas especializadas.

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