AIEA advertiu Japão sobre risco para centrais nucleares
Alerta feito há dois anos referia-se a tremores de magnitude 7 ou superior
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O funcionário da AIEA afirmou em uma reunião sobre segurança nuclear do G8 em Tóquio, em 2008, que os sistemas de segurança do Japão eram obsoletos, de acordo com o documento. "Ele explicou que as regras de segurança foram revisadas apenas três vezes nos últimos 35 anos e que a AIEA estava voltando a examiná-las", acrescenta a nota.
O governo japonês respondeu com a criação de um centro de emergência na central de Fukushima, mas a usina continuou funcionando com um plano para suportar um tremor de até 7 graus. As autoridades nipônicas lutam para ativar o sistema de resfriamento dos reatores da central de Fukushima, avariados após o terremoto de 8,9 graus de sexta-feira passada, seguido por um tsunami.
Outro telegrama, com data de março de 2006, afirma que o governo japonês rejeitou uma ordem judicial que determinava o fechamento de uma central na região Oeste do país, em consequência das dúvidas sobre a resistência a um terremoto. Segundo o documento, a Agência de Segurança Nuclear Japonesa acreditava que o reator era seguro e que todas as análises foram executadas de maneira apropriada.