Ainda é cedo para mediação do conflito, diz embaixador de Israel

Ainda é cedo para mediação do conflito, diz embaixador de Israel

Diplomata espera que Brasil condene terrorismo do Hamas

Agência Brasil

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O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, falou com exclusividade à Agência Brasil, nesta quarta-feira (11), em Brasília, sobre o conflito iniciado no Oriente Médio no último fim de semana. Para ele, ainda não é hora para uma mediação. O diplomata lamentou a morte de civis com os bombardeiros em Gaza, mas defendeu que as ações são necessárias e espera, com a guerra, que as relações de Israel com a Faixa de Gaza mudem para sempre.

“Acho que, neste momento, ainda é cedo para mediação porque a maneira com que o Hamas começou a guerra [contra] Israel ainda não terminou e vai terminar quando nós vamos obter as metas que temos que cumprir”, afirmou.

Após intensificar o bombardeio contra a Faixa de Gaza, o Ministério da Defesa de Israel informou que pretende ocupar o território por terra. Questionado se o cerco a Gaza e o intenso bombardeio não podem causar a morte de muitos civis, o embaixador Zonshine respondeu que o Hamas faz os lançamentos de foguetes de áreas residenciais.

“O povo palestino, que é refém nas mãos do Hamas, infelizmente vai pagar parte desse preço da brutalidade e da agressividade das opções do Hamas, infelizmente. A ideia de Israel não é atacar civis, ao contrário do método de Hamas. A ideia deles é atacar e matar civis”, acentuou.

Sobre a posição e as ações do governo brasileiro em relação ao conflito, o diplomata israelense afirmou que a expectativa dele é que o Brasil “vai mostrar solidariedade, mas também uma palavra clara de condenação ao terrorismo do lado do Hamas”. O diplomata acrescentou esperar que a guerra modifique para sempre as relações entre a Faixa de Gaza e Israel. “A era de agressões entre Gaza e Israel não vai continuar como era antes”, concluiu.


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