Al-Qaeda confirma a morte de Osama Bin Laden
Empresa de monitoramento dos EUA encontrou comunicado em fóruns na internet
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"Nós na organização Al-Qaeda imploramos a Deus Todo-Poderoso por sua ajuda, apoio e determinação de continuar no caminho da Jihad, o caminho trilhado por nossos líderes e, acima deles, xeque Obama", afirma o comunicado. "O sangue do mujahedine xeque Osama bin Laden, Alá tenha misericórdia dele, tem mais valor para nós e é precioso demais para nós e para cada muçulmano para ser derramado em vão", acrescenta.
A declaração promete que os Estados Unidos e seu povo "jamais gozarão da segurança enquanto nosso povo na Palestina não usufruir dela". O comunicado especifica a localização da morte de Bin Laden e põe um ponto final nas teorias de conspiração a respeito da operação americana. Também ameaça diretamente os líderes paquistaneses.
"Convocamos nosso povo muçulmano no Paquistão, onde o xeque Osama foi morto, a se revoltar para purificar esta vergonha imposta a eles por um grupo de traidores e ladrões que venderam tudo aos inimigos". "O xeque combatente Abu Abdullah, Osama Bin Mohamed, foi morto (...) pelas balas da traição e da apostasia", afirma ainda a rede extremista.
"Se os americanos conseguiram matar Osama, não devemos ter vergonha (...), os americanos serão capazes de, com sua imprensa, seus agentes, seus equipamentos, seus serviços de inteligência, matar aquilo ao qual o xeque Osama consagrou sua vida?", questiona o texto.
"Nós confirmamos que o sangue do xeque combatente Osama bin Laden (...) não terá sido derramado em vão e que isso será uma maldição para os americanos e seus agentes, que serão perseguidos dentro e fora de seu país", ameaça o comando geral da Al-Qaeda.
O grupo terrorista anunciou também que vai divulgar uma mensagem de áudio gravada por seu chefe, Osama Bin Laden, uma semana antes de ele ser morto.
Manifestação
Centenas de pessoas saíram em passeata nesta sexta-feira pelas ruas da cidade de Quetta, no Sul do Paquistão, para fazer uma homenagem ao chefe da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, e para convocar uma guerra santa contra os americanos.
A manifestação foi organizada pelo Jamiat Ulema e Islam (JUI), partido político ideologicamente ligado aos talibãs em Kuchlak, subúrbio de Quetta, onde a multidão gritava "Vida longa a Osama". Uma bandeira americana foi queimada. "Os serviços prestados por Osama aos muçulmanos serão para sempre lembrados", disse Abdul Qaidr Loone, jovem líder do JUI, em um discurso. Hafiz Fazal Bareach, ex-senador e alto dirigente do JUI, afirmou que, ao matarem Bin Laden, os Estados Unidos criaram milhares de outros à sua imagem e semelhança.