Aloysio Nunes avalia condições de crianças separadas das famílias nos EUA como "muito boas"
Ministro visitou abrigos e relatou que maioria dos menores deseja permanecer em território norte-americano
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Nunes visitou dois abrigos em Chicago, onde está a maioria das crianças brasileiras que foram separadas dos pais depois de terem cruzado a fronteira entre o México e os Estados Unidos. Um dos locais visitados abrigava sete crianças e outro 21 – agora o número é de 20, já que um dos meninos foi entregue à mãe na tarde desta quinta-feira, por ordem da Justiça norte-americana.
Atualmente, há 55 menores brasileiros separados de suas famílias. O número havia diminuído para 54 com o reencontro, mas cresceu novamente depois que o governo recebeu informação de uma nova menina separada da família que está em um abrigo em Nova York.
Segundo o ministro, a única queixa é com a comida, já que “falta o tempero brasileiro”. Ainda assim, Nunes fez a ressalva de que todas estão ansiosas para voltar a encontrar seus pais, contam com precisão o número de dias passados nos abrigos, e a condição “evidentemente é muito boa dentro da limitação de privação, e uma privação cruel a que eles estão submetidos”.
Aloysio Nunes disse que os consulados têm prestado assistência jurídica consultiva às famílias e que as ações do governo brasileiro, no momento, têm sido para que a ordem da Justiça norte-americana, de que crianças menores de 5 anos sejam entregues aos pais até a próxima terça-feira, e as outras até o dia 26 de julho, seja cumprida pelo governo norte-americano dentro do prazo. Segundo o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, que também visitou os abrigos, “o que de fato não se sabe, inclusive o corpo jurídico responsável pelo acompanhamento desses processos não sabe dizer, é como essa ordem vai ser cumprida”.
A separação das famílias é consequência da política de tolerância zero com a imigração ilegal promovida pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde maio.