Ameaçado de desaparecer, Vanuatu reivindica "tratado de não proliferação de energias fósseis"

Ameaçado de desaparecer, Vanuatu reivindica "tratado de não proliferação de energias fósseis"

Pequeno Estado insular corre risco devido ao aumento do nível dos oceanos

AFP

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O presidente de Vanuatu, Nikenike Vurobaravu, pediu nesta sexta-feira (23), na tribuna da ONU, um "tratado de não proliferação de energias fósseis", responsáveis pelo aquecimento global. Este pequeno Estado insular se encontra ameaçado de desaparecer, devido ao aumento do nível dos oceanos.

"Pedimos o desenvolvimento de um Tratado de Não Proliferação de Energias Fósseis para reduzir gradualmente a produção de carvão, petróleo e gás", a fim de atingir a meta de que a temperatura do planeta não suba além de 1,5°C, conforme estabelecido no Acordo de Paris, declarou Vurobaravu na Assembleia Geral das Nações Unidas.

"Já não resta muito tempo. Temos de agir agora", pediu, lembrando que "ninguém é alheio aos eventos climáticos extremos que assolam nossas ilhas, nossas cidades, nossos Estados". "Nossos jovens estão horrorizados com o futuro e com o mundo que estamos deixando para eles, se continuarmos aumentando nossa dependência das energias fósseis".

Inspirada no tratado de não proliferação nuclear, a iniciativa dos defensores do clima reivindica a redução gradual das energias fósseis e sua substituição por energias "limpas e de baixo carbono". A campanha já conta com o apoio de várias dezenas de cidades e regiões do mundo, segundo seus promotores, incluindo o Vaticano. Vanuatu foi o primeiro Estado-nação a aderir a ela.

Na semana passada, em uma carta publicada na revista médica The Lancet, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras 200 organizações de saúde pediram aos governos ao redor do jundo que criem um tratado desse tipo, dado o "aumento da grave ameaça à saúde humana".

 


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