Antony Blinken diz que EUA e Brasil são parceiros e trabalham de forma bilateral e global

Antony Blinken diz que EUA e Brasil são parceiros e trabalham de forma bilateral e global

Secretário evitou falar sobre declaração de Lula sobre a Faixa de Gaza

Estadão Conteúdo

Antony Blinken diz que EUA e Brasil são parceiros e trabalham de forma bilateral e global

publicidade

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que o país e o Brasil formam uma parceria "muito importante" e trabalham juntos de forma bilateral, regional e mundial. De acordo com Blinken, a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta quarta-feira (21) foi ótima. O secretário agradeceu ao chefe do Executivo brasileiro pela amizade entre os dois países.

A visita ocorre no âmbito da reunião de chanceleres do G20, que será realizada no Rio de Janeiro, mas coincide com a crise diplomática entre Brasil e Israel, que tem nos Estados Unidos um dos seus maiores aliados. O encontro entre Blinken e Lula teve início por volta das 9h e durou cerca de 1h50min.

"Foi uma ótima reunião. Sou muito grato ao presidente pelo seu tempo", disse o secretário de Estados dos EUA a jornalistas ao deixar o Palácio do Planalto. "Os Estados Unidos e o Brasil estão fazendo coisas muito importantes juntos. Estamos trabalhando juntos bilateralmente, regionalmente, mundialmente. É uma parceria muito importante e somos gratos pela amizade", acrescentou.

Declaração de Lula

Blinken foi questionado se tratou com Lula sobre a Faixa de Gaza. O secretário, contudo, não respondeu. No domingo, dia 18, em entrevista coletiva de imprensa realizada na Etiópia, o chefe do Executivo brasileiro fez uma comparação entre a morte de palestinos com o extermínio de judeus feito pelo líder da Alemanha Nazista, Adolf Hitler. Durante o regime nazista, que ocorreu entre 1933 e 1945, 6 milhões de judeus foram mortos.

"O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus", afirmou Lula a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou como convidado da cúpula anual da União Africana. As declarações foram imediatamente repudiadas pelo primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que afirmou que Lula "atravessou uma linha vermelha".

Blinken é judeu e comanda a política externa americana. O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse, nesta terça-feira, 20, que os Estados Unidos discordam da comparação feita pelo presidente brasileiro.

O chefe da diplomacia americana chegou na terça-feira, 20, ao Brasil para se reunir nesta quarta com Lula em Brasília. Da capital federal, seguirá para o Rio de Janeiro, onde participa do encontro de ministros das Relações Exteriores do G20.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895