Após golpe de Estado, UE suspende Mali até que ordem constitucional seja restabelecida

Após golpe de Estado, UE suspende Mali até que ordem constitucional seja restabelecida

Militares dissolveram instituições e suspenderam a Constituição do país

Agência Brasil

UE suspende Mali até que ordem constitucional seja restabelecida

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A República do Mali foi suspensa nesta sexta-feira da União Africana (UA) até que seja restabelecida a ordem constitucional. A UA decidiu enviar uma missão conjunta com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) a Bamako, capital do país, para pressionar os militares golpistas.

“O Conselho (de Paz e Segurança da UA) decidiu que o Mali será suspenso da participação em todas as atividades (da organização) até o efetivo restabelecimento da ordem constitucional”, disse o diplomata nigeriano Paul Zolo, que presidiu uma reunião extraordinária sobre a crise do Mali, na sede da UA em Addis Abeba, na Etiópia.

As duas entidades multilaterais decidiram enviar à capital do Mali uma missão conjunta para pedir aos militares golpistas que abandonem o poder e restabeleçam a ordem democrática, anunciou , "Uma delegação conjunta da UA-Cedeao está prestes a ir para o Mali manifestar (aos militares) a necessidade de restabelecer a ordem constitucional”, disse o presidente da Comissão da UA, Jean Pingoutro, após a reunião extraordinária da organização pan-africana em Addis Abeba.

Os militares, liderados pelo capitão Amadou Sanogo, tomaram o poder na quinta-feira. Eles dissolveram as instituições e suspenderam a Constituição. O país, com pouco mais de 12 milhões de habitantes, mantinha um regime denominado semipresidencialista. O presidente era Amadou Toumani Touré e o primeiro-ministro Cissé Mariam Kaïdama Sidibé. Mali conseguiu sua independência da França em 1960.

Sanogo disse hoje a um grupo de jornalistas que o presidente deposto está bem, sob a guarda de militares, e que os ministros detidos vão ser entregues à Justiça do país. Ele assegurou que não quer ficar no poder e que pretende entrega-lo ao governo que será formado “depois de consultas a todas as forças vivas do país”. Com informações da Lusa, a agência pública de notícias de Portugal.


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