Após resgate, mineiros recebem ajuda financeira para recomeçar

Após resgate, mineiros recebem ajuda financeira para recomeçar

Grupo de 33 homens é presenteado com dinheiro e viagens

AE e AFP

Após resgate, mineiros recebem ajuda financeira para recomeçar

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Os 33 trabalhadores que passaram mais de dois meses presos em uma mina no Chile, não devem mais ter problemas financeiros a partir de agora. O grupo, libertado nessa quarta-feira, já recebeu dinheiro e vai ganhar ainda viagens e recursos de direitos autorais para um filme.

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Em agosto, cada uma das 33 famílias recebeu um cheque de US$ 10 mil doado pelo excêntrico empresário chileno Leonardo Farkas. Na época, ele anunciou que lideraria uma campanha para arrecadar US$ 1 milhão - quantia suficiente para "permitir que esses mineiros não tenham de voltar a trabalhar nunca mais".

Antes disso, executivos da empresa de mineração Elmin, da Grécia, já haviam prometido passagens e uma semana de hospedagem para todos os sobreviventes nas ilhas gregas. Outra viagem foi oferecida ao mineiro Edison Peña, fã de Elvis Presley. Os administradores do memorial do Rei do Rock, na cidade americana de Memphis, ofereceram a Peña e seus parentes uma visita a Graceland e hospedagem em um hotel de luxo. Peña, 34 anos, costumava convidar seus companheiros de mina a cantar com ele os sucessos de Elvis Presley, em uma tentativa de manter o ânimo do grupo enquanto aguardavam pelo resgate na escura e úmida mina San José.

O cineasta Rodrigo Ortúzar, que já está rodando um filme sobre a tragédia vivida pelos 33 homens, prometeu doar a bilheteria aos filhos dos sobreviventes. A produção também deve render recursos de direitos autorais para todos.

Pelo menos um dos mineiros, o eletricista Víctor Segovia Rojas, 48 anos, que manteve um diário ao longo dos 69 dias que passou no subterrâneo da mina, já estaria preparando um livro.

O único boliviano do grupo, Carlos Mamani, 24 anos, recebeu do presidente de seu país, Evo Morales, uma oferta de nova carreira. No entanto, autoridades do Chile revelaram que, por ora, Mamani recusou o convite de voltar para a Bolívia.

Para lidar com todas essas mudanças, os mineiros terão aulas de oratória e de como se relacionar com a imprensa. As autoridades afirmaram que há esse cuidado porque eles serão assediados para entrevistas e depoimentos. No início do mês, eles começaram uma espécie de treinamento para enfrentar a mídia.

Os homens também serão cercados de cuidados médicos. Há uma preocupação com a saúde física e mental dos trabalhadores, embora tenham recebido orientações sobre alimentação, exercícios e acompanhamento psicológico durante o período em que ficaram presos na mina.

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