Após Sputnik V, Rússia desenvolve mais três vacinas para a Covid-19

Após Sputnik V, Rússia desenvolve mais três vacinas para a Covid-19

Revista científica The Lancet revelou que o imunizante russo apresentou eficácia superior a 91%

AFP / Correio do Povo

Em 11 de agosto, Putin anuncia a homologação da primeira vacina anti-coronavírus no mundo

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Após o anúncio de eficácia superior a 91% da Sputnik V, a Rússia trabalha para desenvolver três outras vacinas para a Covid-19 nos próximos três meses: uma versão "light" da Sputnik, com uma só dose, a EpiVacCorona e a CoviVac, ambas produzidas em laboratórios estatais. 

Visando o combate a doença, a intenção do governo russo é lançar já em fevereiro a produção em massa da EpiVacCorona, desenvolvida no laboratório Vektor. A CoviVac, elaborada pelo instituto Shumakov, ainda precisa ser aprovada pelos órgãos reguladores e não tem previsão de data. Por último, o laboratório AstraZeneca e os inventores da Sputnik V também trabalham para combinar suas respectivas vacinas.

Mais cedo nesta terça-feira, a revista científica The Lancet revelou que o imunizante russo Sputnik V apresentou 91% de eficácia. O resultado foi um sucesso científico e político para Vladimir Putin.

Os dados preliminares consideram que a vacina, administrada em duas doses, "mostrou uma grande eficácia" e foi bem tolerada pelos voluntários com mais de 18 anos que participaram na última etapa dos testes clínicos. A indicação foi de Inna Dolzhikova, pesquisadora do Centro Nacional Gamaleya da Rússia e coautora do estudo. 

Anteriormente, a vacina era recebida com ceticismo pelos cientistas por ter sido testada em algumas dezenas de militares e ter poucos dados disponíveis a seu respeito desde o dia 11 de agosto, quando Putin anunciou a homologação da primeira vacina anti-coronavírus no mundo. 

A Sputnik V foi aprovada em mais de quinze países: em vizinhos ex-soviéticos como Belarus e Armênia, em aliados como Venezuela e Irã, e também na Coreia do Sul, Argentina, Argélia, Tunísia e Paquistão.


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