Argentina considera missão do príncipe William nas Malvinas provocativa

Argentina considera missão do príncipe William nas Malvinas provocativa

Visita ocorre pouco antes do 30º aniversário do início da guerra pelo arquipélago, ocupado pelos britânicos

AFP

William será mobilizado entre fevereiro e março, pouco antes do 30º aniversário do início da guerra

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Uma missão de seis semanas que o príncipe William cumprirá como piloto de resgate, em 2012, nas Ilhas Malvinas, é um "ato provocativo", disse uma fonte da chancelaria do país sul-americano. A Argentina reivindica a soberania desse território.

A chegada do príncipe, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, "é um ato provocativo que a Grã-Bretanha demonstra com sua presença militar em uma região de paz onde não há conflito armado", disse o diretor para as Malvinas da chancelaria argentina, Sebastián Brugo Marcó, na edição desta sexta-feira do jornal La Nación. O funcionário afirmou que "não se pode evitar o conteúdo político desta operação militar, levando em conta que o príncipe faz parte da família real".

William será mobilizado entre fevereiro e março, pouco antes do 30º aniversário do início da guerra, em 2 de abril de 1982, que confrontou Argentina e Reino Unido pela disputa deste arquipélago do Atlântico Sul, ocupado pelos britânicos desde 1833. O conflito armado de 74 dias terminou com a rendição das tropas da então ditadura argentina, além de 255 britânicos e 649 argentinos mortos.

A Força Aérea britânica destacou, em um comunicado, que o príncipe, piloto de buscas e resgate do 22º esquadrão da base de Valley, "completará uma missão de rotina nas ilhas Falklands (Malvinas)". As relações bilaterais, restabelecidas nos anos 1990, ficaram tensas nos últimos meses após a descoberta recente de petróleo por parte de uma empresa britânica na bacia norte das ilhas e o envio de fragatas à região.

Londres se nega sistematicamente a estabelecer negociações diplomáticas com a Argentina pela disputa da soberania das ilhas. Funcionários da chancelaria argentina não quiseram comentar a viagem do príncipe William.

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