Argentina reduz de 10 para 7 dias o isolamento por Covid-19 para vacinados

Argentina reduz de 10 para 7 dias o isolamento por Covid-19 para vacinados

Medida foi adotada em meio a um forte aumento de casos positivos desde o início de dezembro

AFP

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A Argentina reduzirá de dez para sete dias o prazo do isolamento obrigatório para pessoas infectadas com a Covid-19 com o esquema vacinal completo, informou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, nesta quarta-feira. A medida foi adotada em meio a um forte aumento dos casos positivos de Covid-19 desde o início de dezembro, com a chegada da variante ômicron ao país sul-americano e sem que o governo contemple até agora aplicar medidas sanitárias restritivas.

"A Argentina está entrando neste momento na terceira onda. Os casos estão aumentando, mas isso não está se traduzindo em mais hospitalizações e mortes", destacou Vizzotti. "A dinâmica de transmissão mudou com a variante ômicron. Há um aumento exponencial de casos, mas isso não provoca um aumento das internações ou da mortalidade", indicou. 

Na terça-feira, o país registrou 33.902 novos casos de Covid-19, contra os pouco mais de 5.000 reportados no final de novembro. De acordo com as novas disposições, as pessoas que apresentarem resultados positivos de covid e que possuírem o esquema vacinal completo deverão permanecer sete dias isoladas. Já para as vacinadas que forem contatos próximos de um infectado, mas não apresentarem sintomas, o período será de cinco dias.

A ministra explicou que no contexto atual "a preocupação não é tanto o sistema de saúde, como foi antes, mas que haja um impacto econômico pelos isolamentos". O prazo da quarentena obrigatória será mantido em dez dias para infectados e contatos próximos que não possuírem as duas doses da vacina. Essas pessoas também deverão realizar um teste de PCR no final. "As vacinas estão salvando vidas, estão mostrando o papel que têm, independentemente de termos um número significativo de casos", destacou a ministra.

Há um ano, a Argentina começou sua campanha de vacinação contra a Covid-19. Até agora, 73% de seus 44 milhões de habitantes completaram o esquema. Desses, 10% receberam uma terceira dose de reforço.

Nesta quarta-feira, o cruzeiro Viking Jupiter foi autorizado a atracar no porto de Ushuaia (sul), no qual viajam alguns passageiros infectados com Covid-19 que ficaram dentro da nave. No início de dezembro, o cruzeiro Hamburg foi isolado temporariamente em alto mar, devido ao receio de que houvesse algum caso da variante ômicron a bordo. Desde o início da pandemia, em março de 2020, a Argentina registra 5,5 milhões de infectados e mais de 117.000 mortes.


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