Assembleia Geral da ONU votará resolução sobre Jerusalém

Assembleia Geral da ONU votará resolução sobre Jerusalém

Países árabes solicitaram reunião, que poderá contar com presença de representantes de 193 países

AFP

Decisão de Trump sobre Jerusalém não recebeu muito apoio internacional

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A Assembleia Geral da ONU fará uma sessão de emergência nesta quinta-feira para votar um projeto de resolução que rejeita a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, depois que os Estados Unidos vetou a medida no Conselho de Segurança.

Turquia e Iêmen solicitaram a reunião urgente da Assembleia em nome do grupo de países árabes e da Organização de Cooperação Islâmica (OCI). Os dois países circularam um projeto de resolução nesta terça-feira que reflete o projeto vetado por Washington, reafirmando que qualquer decisão sobre o estatuto de Jerusalém não tem efeito e que deve ser revogada.

Assim como o texto apresentado pelo Egito, o projeto de resolução a Assembleia de 193 países votará não menciona a decisão de Trump, mas expressa "uma profunda preocupação sobre as recentes decisões acerca do estatuto de Jerusalém".

Miroslav Lajcak, presidente da Assembleia Geral, informou sobre a sessão de emergência em uma carta enviada na noite de segunda-feira às 193 delegações. Os Estados Unidos vetaram nesta segunda-feira o projeto de resolução que reafirmava que qualquer decisão sobre o status de Jerusalém carece de efeito legal. O Egito havia apresentado o projeto que era apoiado pelos outros 14 membros do Conselho de Segurança.

O embaixador palestino, Riyad Mansur, disse que será apresentado um projeto de resolução similar na assembleia e espera apoio. Ao contrário do Conselho de Segurança, nenhum país tem poder de veto na Assembleia Geral. "A Assembleia Geral dirá, sem medo veto, que a comunidade internacional se nega a aceitar a posição unilateral dos Estados Unidos", disse Mansur a jornalistas.

A decisão de Trump em 6 de dezembro de reconhecer Jerusalém rompeu com o consenso internacional, desencadeando protestos em todo o mundo muçulmano e provocando uma forte condenação.

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