Ataques jihadistas matam cinco soldados da ONU e três militares malineses

Ataques jihadistas matam cinco soldados da ONU e três militares malineses

Disparos de foguetes antecederam a explosão de veículo no interior do acampamento

AFP

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Cinco capacetes azuis, das Organizações das Nações Unidas (ONU), guineanos e três soldados malineses morreram nesta sexta-feira no norte do Mali em dois ataques atribuídos a jihadistas, que recentemente intensificaram sua atividade na região.

Mais cedo, o acampamento da Missão da ONU no Mali (Minusma), em Kidal (nordeste), foi alvo de um ataque combinado, "que causou a morte de cinco capacetes azuis e feriu outros trinta", segundo declaração do porta-voz do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.

Estes ataques "não fragilizarão a determinação das Nações Unidas de apoiar o governo malinês, as partes signatárias do acordo de paz e do povo do Mali em seus esforços para alcançar uma paz e estabilidade duradouras", afirma o porta-voz do secretário-geral, em alusão ao acordo assinado em maio-junho de 2015 pelo governo e a ex-rebelião predominantemente tuaregue.

Balanços anteriores mencionavam dois mortos e depois quatro, assim como 30 feridos, dos quais vários em estado grave. Disparos de foguetes antecederam a explosão de um "veículo com camicases a bordo" no interior do acampamento, segundo um responsável do contingente guineano atacado.

"O veículo penetrou no acampamento entre dois disparos de foguetes", destacou o encarregado.

O chefe da MINUSMA, Mahamat Saleh Anadif, denunciou um "ato odioso e irresponsável", que "traduz a loucura do campo dos inimigos da paz" no Mali, destacando que o ataque ocorreu 48 horas depois de sua estadia em Kidal, durante sua primeira visita no terreno. Paralelamente, três soldados malineses morreram e outros dois ficaram feridos em uma emboscada na região de Tombuctu (nordeste).

Este ataque ocorreu uma semana depois de outro reivindicado pela Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) contra uma base de policiais nigerianos da Minusma instalado em um antigo hotel da cidade, onde morreram mil militares malineses e pelo menos quatro atacantes, segundo as autoridades malinesas.

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