Atentado contra a polícia deixa ao menos 50 mortos na Líbia
Ataque não foi reivindicado até o momento
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A Líbia está mergulhada no caos, com dois governos rivais que disputam o poder: um com sede no leste, reconhecido pela comunidade internacional, e o outro na capital, Trípoli, vinculado à coalizão de milícias Fajr Libya. O atentado aconteceu no bairro de Sug al-Talata, no centro da cidade, muito movimentado no momento da explosão.
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) aproveitou o caos no país para entrar na Líbia e já reivindicou vários ataques violentos. O EI controla a cidade de Sirte (450 km ao leste de Trípoli) e tenta avançar para outras regiões. O grupo jihadista luta contra os dois governos, tanto o instalado no leste do país como o que tem sede em Trípoli.
No início da semana, combates entre guardas de unidades petroleiras e os integrantes do EI na região norte do país deixaram vários mortos e ao menos quatro tanques de petróleo incendiados. No Twitter, o emissário especial da ONU para a Líbia, Martin Kobler, condenou o atentado e pediu a "todos os líbios que se unam urgentemente para combater o terrorismo".
A ONU tenta instaurar um governo de união nacional na Líbia. Kobler insistiu na necessidade do Parlamento aprovar a formação de um governo para que o EI não seja beneficiado. No dia 17 de dezembro, integrantes dos parlamentos rivais e representantes da sociedade civil líbia assinaram no Marrocos um acordo político mediado pelas Nações Unidas. O texto prevê a formação de um governo de unidade com sede em Trípoli e precisa ser ratificado até 17 de janeiro.