Atentado contra igreja nas Filipinas deixa 20 mortos e 81 feridos
Caso ocorreu na ilha de Jolo, reduto do grupo Abu Sayyaf, acusado pelos ataques mais violentos na história do país
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Cinco soldados e 15 civis morreram no ataque, enquanto 81 pessoas ficaram feridas, anunciou o chefe da polícia nacional, Oscar Albayalde. "Usaremos toda a força da lei para levar os responsáveis por este ataque à justiça", afirmou em um comunicado o secretário de Defesa, Delfin Lorenzana. O exército utilizou helicópteros para transportar alguns feridos até a cidade Zamboanga, onde receberão atendimento médico. "Provavelmente foi um ato terrorista. São pessoas que não querem a paz. É uma pena que isto aconteça pouco depois da aprovação da lei sobre Bangsamoro", declarou Besana, em referência à região autônoma que os filipinos aprovaram criar em um referendo organizado esta semana.
Jolo fica na região de Bangsamoro, de maioria muçulmana. A ilha é também uma base do grupo radical Abu Sayyaf, acusado pelos ataques mais violentos na história do país. O estabelecimento desta zona em um território de maioria muçulmana - dentro de um arquipélago majoritariamente católico - busca restabelecer a paz depois de décadas de um conflito que deixou dezenas de milhares de mortos. Grupos muçulmanos pegaram em armas nos anos 1970 para exigir a autonomia ou independência do sul das Filipinas, que consideram sua terra ancestral.A insurreição deixou 150 mil mortos.
A província de Sulu, onde fica Jolo, votou contra a criação da região autônoma no sul das Filipinas, que as autoridades esperam que proporcione paz e desenvolvimento após décadas de combate, situação que deixou a zona em situação de pobreza. O governador de Sulu questionou na Corte Suprema a lei que estabelece a nova área. Apesar da votação em Sulu, a legislação estabelece que a província deve integrar a nova entidade política, pois os eleitores da atual região autônoma se pronunciaram a favor em seu conjunto.