Atentado deixa ao menos 80 mortos no Paquistão

Atentado deixa ao menos 80 mortos no Paquistão

Talibã paquistanês classificou ataque como "o primeiro ato de vingança pelo mártir Osama"

AFP e AE

Atentado deixa mais de setenta mortos no Paquistão

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Ao menos 80 pessoas morreram e 117 ficaram feridas - 40 delas em estado crítico - nesta sexta-feira, em um atentado com explosivos contra um centro de treinamento de policiais paramilitares no Distrito de Charsada, Noroeste do Paquistão. "Sessenta e cinco eram membros da polícia paramilitar de fronteira", relatou o chefe de polícia do distrito, Nisar Khan Marwat. Os corpos de cinco civis foram levados ao hospital de Shabqadar. Os recrutas são a maioria dos mortos.

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A autoria das duas explosões foi reivindicada pelo talibã paquistanês aliado da Al-Qaeda. O ataque terrorista foi classificado pela facção como "o primeiro ato de vingança pelo mártir Osama". Segundo Ehsanullah Ehsan, porta-voz do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP), ocorrerão "mais ataques em massa no Paquistão e no Afeganistão" para vingar Bin Laden.

O massacre dizimou os cadetes do centro de treinamento da polícia na região de Shabqadar, 30 quilômetros ao norte de Peshawar, a grande cidade do noroeste do Paquistão, alvo constante de ações do Talibã e da rede terrorista Al-Qaeda. Ao menos duas explosões ocorreram quando os jovens cadetes se preparavam para pegar os ônibus para uma licença de dez dias, disse Marwat. "A primeira explosão (diante do portão principal do centro de treinamento) foi um ataque suicida. A natureza da segunda explosão é investigada", explicou.

O atentado é o mais sangrento desde o dia 1º, quando uma unidade especial americana matou Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda, na cidade de Abbottabad, no Norte do país, gerando a imediata promessa de vingança. Charsadda, palco frequente de atentados, está situada na porta das zonas tribais do Noroeste do Paquistão, fronteira com o Afeganistão. A região é um conhecido feudo dos talibãs e santuário para a Al-Qaeda.

Os talibãs paquistaneses, que prometeram lealdade à Al-Qaeda em 2007, são os principais responsáveis pela onda de ataques, a maior parte suicidas, que nos últimos três anos já deixou 4,3 mil mortos em todo o Paquistão.

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