Atentados do Estado Islâmico deixam mais de 180 mortos na Síria
Ataques suicidas ocorreram em província dominada pelo grupo
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O Exército sírio realizou bombardeios aéreos contra o EI, que sofreu até o momento 21 baixas entre seus combatentes, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). "Quatro homens-bomba explodiram seus cinturões na cidade de Suneida", informou o OSDH. Mais ataques suicidas aconteceram em outros povoados do nordeste da província de mesmo nome, Suneida. O grupo extremista conseguiu assumir o controle de três localidades.
Ao menos 180 pessoas morreram, e dezenas ficaram feridas nesta sucessão de atentados. Entre os mortos, há 89 civis e 67 soldados do regime, segundo o OSDH. "Além dos atentados suicidas, os jihadistas atacaram vários povoados, invadindo as casas e matando seus moradores", acrescenta a ONG. A agência oficial de notícias Sana e a cadeia de televisão estatal confirmaram os mortos e feridos nesses ataques, mas não deram um número exato.
Poças de sangue
As imagens difundidas dos ataques pelos meios de comunicação oficiais mostram um corpo em meio a poças de sangue. Segundo o OSDH, os ataques do EI nesta quarta-feira são os mais violentos dos últimos meses na Síria, onde a organização jihadistas sofre contínuas derrotas e controla menos de 3% do território. Estes atentados acontecem quando o regime sírio já está no controle de 90% das províncias meridionais de Deraa e Quneitra, após sua devastadora ofensiva militar em junho.
De acordo com a agência Sana, os atentados do EI tentam diminuir a pressão militar do Exército sírio contra os últimos jihadistas na província de Deraa. Como informou na terça-feira o general François Parisot, comandante das forças francesas na coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra grupos jihadistas, os combates contra o EI em Deir Ezzor, um de seus últimos redutos no norte da Síria, ainda vão durar dois, ou três meses. Mais de 350 mil pessoas morreram desde o início do conflito na Síria em 2011, uma guerra que se intensificou com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos jihadistas.