Ativista do Greenpeace protesta na Torre Eiffel

Ativista do Greenpeace protesta na Torre Eiffel

Homem montou barraca e estendeu cartaz contra prisão de grupo na Rússia

AFP

No cartaz, se lia: ´Liberdade aos 30 do Ártico´ e ´Ativistas na prisão, clima em perigo´

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Um ativista do Greenpeace pendurou na manhã deste sábado uma barraca de camping no segundo nível da Torre Eiffel, em Paris, para pedir a libertação dos 30 membros da organização detidos na Rússia. O ativista, instalado nesta tenda suspensa, estendeu um cartaz onde se lia "Liberdade aos 30 do Ártico" e "Ativistas na prisão, clima em perigo".

Outro ativista garantia a ancoragem da tenda vermelha no monumento. "Estamos aqui para enviar uma mensagem ao governo francês para que ponha em marcha a libertação dos 28 militantes e dos dois jornalistas" detidos na Rússia, disse à AFP Cyrille Cormier, encarregado da campanha de Energia do Greenpeace.

"O primeiro-ministro (francês), Jean-Marc Ayrault, viajará à Rússia na semana que vem. Pedimos que ponha este caso na agenda" dos temas a tratar, acrescentou. Os dois ativistas tinham acessado o monumento antes de abrir, usando uma escada. A entrada aos turistas estava proibida ao meio-dia deste sábado.

Na quinta-feira, foi negado o pedido de fiança para liberdade provisória da bióloga gaúcha Ana Paula Maciel, que está presa com 29 ativistas desde setembro. Antes indiciados por pirataria, os manifestantes agora vão responder pelo crime de vandalismo. Por meio de nota oficial, a ONG contestou a acusação e disse que vai lutar contra as alegações, da mesma forma que lutou contra a pirataria. O Greenpeace pediu a libertação imediata dos ativistas.

A biológa Ana Paula Maciel, 31 anos, está presa na cidade de Murmansk. Os manifestantes são quatro russos e 26 estrangeiros de 17 países. O grupo tentava denunciar o risco ecológico da extração de combustível. O barco "Artic Sunrise" foi inspecionado por uma unidade da guarda costeira russa no Mar de Barents (Ártico russo) no dia 18 de setembro depois que vários tripulantes, a bordo de botes infláveis, abordaram uma plataforma de petróleo russa e tentaram escalá-la para, segundo eles, abrir uma faixa de denúncia sobre os riscos ecológicos da atividade.

Toda a tripulação, incluindo a bióloga gaúcha, havia sido indiciada por "pirataria em grupo organizado", crime que pode ser punido com 15 anos de prisão na Rússia. Os militantes negaram as acusações e relataram uma invasão ilegal das tropas russas ao barco, que estaria em águas internacionais. A acusação de pirataria despertou críticas internacionais.


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