Ativista gaúcha faz manifesto pela preservação do Ártico em carta

Ativista gaúcha faz manifesto pela preservação do Ártico em carta

Ana Paula Maciel também agradeceu apoio do governo brasileiro em prisão na Rússia

Correio do Povo

Ativista gaúcha faz manifesto pela preservação do Ártico em carta

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A bióloga gaúcha Ana Paula Maciel, presa desde o fim de setembro na Rússia teve carta aberta publicada pelo Greenpeace nesta sexta-feira. No texto escrito à mão, ela fala da prisão injusta, mas principalmente faz um manifesto pela preservação do Ártico. "Salvem o Ártico! Consumam menos para serem mais: usem sacolas reutilizáveis, apaguem as luzes ao não usá-las, procurem produtos com menos embalagem, usem mais as pernas e menos os carros", apelou.

"Hoje faz um mês que nos retiraram de nosso amado navio Arctic Sunrise e, depois de dois dias em uma cadeia, três em outra, agora estou sentada em minha cela na penitenciária para onde nos trouxeram dia 29 de setembro. Tudo isso depois de um protesto pacífico onde queríamos chamar a atenção do mundo sobre os perigos de danos ambientais ao perfurar em busca de petróleo", denunciou a ativista.

Ana Paula também fez agradecimento especial "ao governo e ao povo brasileiro" pelo apoio do outro lado do mundo. "Nem tenho palavras para agradecer a todas as pessoas que se importam e clamam por nossa liberdade. Clara Solon, da embaixada do Brasil na Rússia é quase uma segunda mãe para mim. Tem sido impecável em suas visitas, presença na corte, apoio psicológico e tudo o que está a seu alcance", afirmou.

Os 30 membros da tripulação do Greenpeace detidos depois de uma ação em uma plataforma de petróleo no Ártico em setembro foram transferidos de uma prisão em Murmansk para São Petersburgo, anunciou a organização nesta sexta-feira. A ONG diz não saber os motivos da transferência do grupo de ativistas. Após anunciar que o indiciamento dos 28 ativistas do Greenpeace e dois jornalistas seria substituído por vandalismo, autoridades russas ainda não retiraram as acusações de pirataria sobre o grupo, informou a organização nesta sexta-feira.

Na quinta, a Justiça do país concluiu a formalização das novas acusações de vandalismo para os 30 presos. Agora, eles permanecem sob as duas acusações, que podem lhes render até 15 anos de prisão – no caso de pirataria – ou até sete em condenação por vandalismo.

Confira a íntegra da carta abaixo:




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