Ativista pró-democracia de Taiwan condenado à prisão na China

Ativista pró-democracia de Taiwan condenado à prisão na China

Outro réu também foi condenado a sete anos de prisão

AFP

Ativista pró-democracia de Taiwan condenado à prisão na China

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Um ativista pró-democracia de Taiwan foi condenado nesta terça-feira, na China, a cinco anos de prisão por "subversão", em um veredito que poderá infectar as relações entre Pequim e Taipé. Um tribunal da província de Hunan (centro) anunciou em um vídeo divulgado on-line a condenação de Lee Ming-cheh, autor de artigos críticos ao Partido Comunista Chinês (PCC), no poder.

Outro réu, de nacionalidade chinesa, Peng Yuhua, que recebeu os artigos, foi condenado a sete anos de prisão. Taipé qualificou o julgamento de "inaceitável" e exortou Pequim a "libertar Lee e a permitir seu rápido regresso a Taiwan".  Durante uma audiência em setembro passado, o ativista havia reconhecido ter escrito e difundido os textos, em um processo qualificado de "paródia de justiça" por associações de defesa dos direitos humanos.

Em um vídeo divulgado pelo tribunal, Lee admitia as acusações de "subversão contra o poder de Estado" e que escreveu e divulgou os artigos denunciados na Internet. "Sei que violava a lei chinesa com meu comportamento (...) Expresso minha culpa e meu arrependimento". O funcionário de uma ONG de defesa dos direitos humanos foi detido em março durante uma viagem à China continental e impedido, durante meses, de ter qualquer contato com seus familiares.

As autoridades chinesas finalmente confirmaram sua detenção, por suspeita de ter colocado "a Segurança Nacional em perigo". A China continental e Taiwan são dirigidas por regimes adversários desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949. A ilha não é reconhecida por Pequim, que a considera uma de suas províncias.

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