Ativistas poderão deixar a Rússia após conclusão de processos

Ativistas poderão deixar a Rússia após conclusão de processos

Integrantes do Greenpeace deixaram centro de detenção em São Petersburgo após o pagamento de fiança

AFP

Ativistas estrangeiros deixaram centro de detenção em São Petersburgo após o pagamento de fiança

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Os membros da tripulação do navio do Greenpeace apreendido em setembro no Ártico e que deixaram a prisão nos últimos dias poderão deixar a Rússia uma vez após os processos judiciais seram concluídos. A afirmação foi feita neste sábado pelo chefe da administração presidencial russa, Sergei Ivanov.

"Uma vez que os problemas (jurídicos) sobre a maneira como eles poderão deixar a Rússia forem resolvidos, acredito que eles poderão deixar (o território russo), ninguém os deterá", declarou, citando a ausência de vistos russos para os ativistas estrangeiros.

O Tribunal Internacional do Direito Marítimo, órgão das Nações Unidas competente para resolver disputas marítimas internacionais que foi acionado pela Holanda – o navio Arctic Sunrise navegava sob a bandeira holandesa –, pediu na sexta-feira às autoridades russas para que autorizasse "todas as pessoas que foram detidas (...) a deixar o território e as zonas marítimas sob sua jurisdição". O chefe da administração presidencial russa reiterou que Moscou não reconhece a competência deste tribunal no litígio em questão. A Rússia não irá reagir "de nenhuma maneira. Não temos a intenção de participar desde processo", acrescentou Ivanov.

Os ativistas estrangeiros, que deixaram o centro de detenção em São Petersburgo após o pagamento de uma fiança fixada em 2 milhões de rublos (45 mil euros), não podem sair do país, indicou o diretor executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo. Os 30 membros da tripulação presos em setembro, depois de uma ação contra uma plataforma de petróleo da Gazprom no Ártico, foram acusados de pirataria e, ao final de outubro, de vandalismo.

Não está claro se a primeira acusação, que pode ser punida com até 15 anos de prisão, será retirada, enquanto a segunda pode levar a uma pena de até sete anos de detenção. Quase todos os 30 ativistas deixaram a prisão, menos o australiano Colin Russell, que teve sua prisão preventiva prorrogada por mais três meses, até 24 de fevereiro.



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