Aumenta para 14 o número de mortos em deslizamento no Equador

Aumenta para 14 o número de mortos em deslizamento no Equador

Acidente ocasionou na destruição de três casas

AFP

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Um deslizamento de terra causado pelas chuvas mais intensas das últimas duas décadas em Quito deixou pelo menos 14 mortos, na segunda-feira, após a destruição de uma quadra de esportes - anunciaram autoridades locais. "O número de mortos subiu para 14; de casas destruídas, para três; e de famílias afetadas, para três", informou o Serviço Nacional de Gestão de Riscos, em seu balanço mais recente divulgado por meio de sua conta no Twitter.

Anteriormente, a agência havia citado 11 mortos, nove desaparecidos e 32 feridos, bem como 200 pessoas afetadas, além de várias casas, uma unidade policial, uma subestação de energia elétrica, postes e veículos de patrulha destruídos, ou danificados, pela violenta corrente.

Durante uma entrevista coletiva virtual, o prefeito de Quito, Santiago Guarderas, relatou que a chuva torrencial ultrapassou a capacidade de uma estrutura de captação de água situada em uma encosta e levou a uma torrente que "se chocou contra uma quadra".

Aparentemente, havia um grande grupo de jogadores de vôlei e de torcedores na quadra no momento do incidente. O deslizamento da encosta do vulcão Pichincha afetou o setor de La Gasca, no lado noroeste da capital equatoriana, que vem sofrendo fortes chuvas.

Guarderas disse que o volume de chuva de sábado foi de 3,5 litros por m2 e, na segunda-feira (31), de 75 litros por m2, quando estavam previstos dois litros por m2. É "um número recorde, que não tínhamos desde 2003", acrescentou.

Correntes de água, lama e rocha desceram a íngreme avenida La Gasca, prendendo veículos e inundando casas e ruas, segundo imagens divulgadas pelo Serviço Integrado de Segurança ECU911 para a imprensa. A zona de emergência também sofreu a interrupção do serviço de energia, devido à queda de postes.

O socorrista Cristian Rivera relatou que várias das vítimas sofreram de hipotermia e que a "lama chegava aos joelhos". De acordo com a Gestão de Riscos, o Ministério da Saúde transportou os feridos em 25 ambulâncias, enquanto a prefeitura de Quito, com o apoio de outras instituições, mobilizou maquinário para limpar as estradas e o sistema de coleta de água, que entrou em colapso.

Cerca de 60 militares também foram enviados para apoiar os trabalhos de busca e resgate dos bombeiros e da polícia. Desde a noite de ontem, estas equipes removem os destroços acumulados.

Devido aos efeitos da atual temporada de chuvas no Equador, que desde outubro passado atingiu 22 das 24 províncias do país, 18 mortes e 24 feridos foram registrados até domingo, bem como quase 2,8 mil afetados e cerca de 200 desabrigados.


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