Baleia perdida nada em canal de Buenos Aires
Especialistas não conseguiram determinar espécie do animal
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"Independentemente da espécie, todas essas populações estão em aumento atualmente, ocupando espaços que ocupavam há 100, ou 200 anos, quando eram abundantes, e que perderam durante o século passado", disse o pesquisador de mamíferos marinhos, Enrique Crespo, do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Conicet), ao canal Todo Noticias. Equipes da Prefeitura se encarregaram de orientar a baleia para chegar a águas abertas.
Segundo Crespo, pode se tratar de um animal adulto que esteja migrando e que perdeu seu rumo, o que aumenta sua chance de sobrevivência. Se for um filhote que se separou da mãe, seu destino é menos favorável. "É difícil dizer o que está fazendo, sem sequer saber de que espécie é. Não se sabe se é uma cria, ou se é jovem", completou o especialista.
O presidente do Instituto de Conservação de Baleias, Diego Taboada, considerou "evidente que é uma baleia pequena que está totalmente fora de seu habitat e é preciso orientá-la". Ele não acredita que o animal vá sobreviver.
"Está com problemas vitais importantes e, depois que for levada para longe da costa, é possível que, depois, encontrem-na encalhada no outro lado", completou, explicando que é ruim para o animal estar em água doce, "onde começam a se infectar e outros fatores entram em jogo".
Todos os anos, as baleias francas migram para as águas frias do Mar Argentino, 1,4 mil quilômetros ao sul de Buenos Aires. Sua passagem entre maio e dezembro é uma esperada atração turística, mas é incomum vê-las em águas doces.