Bento XVI é o quarto Papa a renunciar na história
Gregório XII, Celestino V e Ponciano também deixaram o cargo
publicidade
Em 1415, o Papa Gregório XII abdicou do cargo, depois de cinco anos no poder, durante o Cisma do Ocidente, conflitos entre Roma e Pisa, na Itália, e Avignon, na França, sobre a sucessão e o local de residência dos papas – solucionado depois da renúncia, em 1418, com o Concílio de Constança. À época, havia uma disputa entre três autoridades da Igreja que se auto-intitulavam papas. Gregório XII foi um dos Papas eleitos em idade mais avançada, com 90 anos.
Outro Papa que também renunciou foi Celestino V, em 1294, apenas quatro meses depois de empossado na Basílica de Santa Maria de Collemaggio, na cidade de L'Áquila, na região central da Itália. Por razões políticas e econômicas, Celestino renunciou ao pontificado em favor de Bonifácio VIII, de uma influente família italiana, os Gaetani. No ano de 235, Ponciano foi exilado por um imperador romano e, para que os fiéis não ficassem sem um líder, renunciou ao papado. Foi sucedido por Antero.
De acordo com o Código de Direito Canônico, o Papa pode renunciar ao cargo desde que a renúncia seja feita livre e manifestadamente. O ato não precisa ser reconhecido por nenhum tipo de entidade.
O Papa Bento XVI anunciou que vai renunciar ao pontificado e deixará o cargo em 28 de fevereiro. Logo depois, o Vaticano confirmou a notícia e afirmou que o cargo vai ficar vago até que o sucessor seja escolhido. No comunicado, o Papa disse que está "plenamente consciente da dimensão do seu gesto" e que renuncia por livre e espontânea vontade. Ainda de acordo com o texto, um dos motivos da renúncia é a idade - ele tem 85 anos. Joseph Ratzinger é o sexto alemão a servir como Papa - ele assumiu o comando da Igreja Católica em 19 de abril de 2005, após a morte de João Paulo II.