Bento XVI expressa "profunda consternação" por casos de pedofilia
Papa emérito escreveu carta a matemático ateu
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"O fato de o poder do mal penetrar até este ponto no mundo interior da fé é para nós um sofrimento que, por um lado, não podemos suportar, e por outro, nos obriga a fazer todo o possível para que incidentes deste tipo não voltem a se repetir", disse o papa alemão, que renunciou em fevereiro deste ano. "Só posso tomar nota com uma profunda consternação" dos abusos cometidos por sacerdotes, escreve o papa, que acrescenta: "Nunca tentei acobertar estas coisas".
Durante todo o seu pontificado, de 2005 a 2013, Joseph Ratzinger decretou a tolerância zero frente às revelações de vários casos de pedofilia dentro da igreja. "Se não é lícito se calar ante o mal dentro da Igreja, também não é se calar sobre o grande rastro luminoso da bondade e da pureza que a fé cristã deixou atrás de si ao longo dos séculos", disse o papa emérito. Desde sua renúncia, o papa alemão, de 86 anos, vive em um monastério do Vaticano.