Bernardo Arévalo, de centro-esquerda, é o novo presidente da Guatemala

Bernardo Arévalo, de centro-esquerda, é o novo presidente da Guatemala

Candidato fez 58% dos votos no pleito

AE

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O candidato de centro-esquerda Bernardo Arévalo, de 64 anos, venceu neste domingo, 20, o segundo turno das eleições presidenciais da Guatemala, com 58% dos votos, com 98% da apuração concluída. A ex-primeira-dama Sandra Torres ficou com 36% da preferência do eleitorado. A presidente do Supremo Tribunal Eleitoral do país, Blanca Alfaro, disse que Arévalo é o "virtual vencedor" do pleito.

O atual presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, saudou a vitória de Arévalo em uma publicação na rede social X (ex-Twitter) e convidou o eleito para iniciar a transição assim que o resultado das eleições for confirmado. 

 Arévalo reiterou nesse domingo sua promessa de luta ferrenha contra a corrupção "para recuperar a confiança no Estado e na democracia", após sua ampla vitória nas urnas. "O povo da Guatemala falou de maneira contundente, já basta de tanta corrupção", disse Arévalo em seu primeiro discurso após a vitória no segundo turno, com um forte discurso contra a corrupção, um problema endêmico no país.

"Agora, unidos com o povo da Guatemala, lutaremos contra a corrupção", acrescentou em um hotel da capital. Ele disse que recebeu ligações de felicitações e para abordar uma agenda comum de presidentes de dois países vizinhos, o mexicano Andrés Manuel López Obrador e o salvadorenho Nayib Bukele.

Arévalo venceu o segundo turno da eleição presidencial da Guatemala com 58% dos votos, enquanto a rival, a ex-primeira-dama Sandra Torres, que não reconheceu a derrota, recebeu 37%, após a apuração de 100% das urnas, segundo o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE).
O futuro presidente informou que recebeu uma ligação do atual presidente, o direitista Alejandro Giammattei, que o parabenizou pelo resultado. E disse que ambos estabelecerão um cronograma do plano de transição.

"A vitória de Arévalo significa uma derrota para a velha política, para o governo e para os nostálgicos da Guerra Fria. Um período diferente começa para o nosso país e será necessária uma mobilização para uma transição pacífica", afirmou o analista independente Miguel Ángel Sandoval à AFP.

Filho de um presidente que deixou sua marca, Arévalo era visto como o favorito na corrida presidencial na Guatemala. Líder do partido Semilla, sua vitória ampla é atribuída ao fato de ter gerado esperanças de mudança em um país imerso em pobreza, violência e corrupção, fatores que levam milhares de guatemaltecos a migrar a cada ano.

Porém, ele é visto com apreensão pela elite política e empresarial que governa o país e é acusada de corrupção. O Ministério Público tentou tirá-lo da disputa para impedir sua chegada ao poder. Milhares eleitores de Arévalo celebraram a vitória na capital e em outras cidades. Os embaixadores dos Estados Unidos e da União Europeia expressaram disposição a trabalhar com Arévalo.


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