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Verão

Especial

Biden inicia semana crucial para a estratégia do Ocidente na Ucrânia

Presidente dos Estados Unidos vai ter dias de intensa atividade diplomática

Presidente dos Estados Unidos vai ter dias de intensa atividade diplomática | Foto: Chip Somodevilla / Getty Images North America / Getty Images via AFP / CP

Preservar a unidade dos países ocidentais diante da Rússia desde a invasão da Ucrânia e sondar sua postura diante da China: o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, inicia uma semana de intensa atividade diplomática que o levará à Europa na quarta-feira (23).

Biden começou a segunda-feira (21) falando com o presidente francês Emmanuel Macron, com o chanceler alemão Olaf Schoz e primeiros-ministros italiano Mario Draghi e britânico Boris Johnson "para discutir sua resposta coordenada" à invasão da Ucrânia, em uma comunicação que durou menos de uma hora.

Biden, seus homólogos do velho continente e outros chefes de Estado e de Governo de países aliados celebrarão nesta quinta-feira em Bruxelas uma cúpula extraordinária da Otan e uma reunião do G7. Também haverá um cúpula da União Europeia para a qual está convidado o presidente americano.

Refugiados

De Bruxelas, Biden viajará, na sexta-feira e no sábado, para a Polônia, onde chegam centenas de milhares de refugiados ucranianos. Sua agenda até o momento prevê somente uma reunião com seu homólogo Andrzey Duda, o que alimenta as especulações sobre outro compromisso do presidente americano - a Casa Branca descarta uma viagem à Ucrânia.

O democrata Biden fez duas promessas de política externa no início de seu mandato: reparar as alianças estremecidas pelo seu antecessor, o republicano Donald Trump, e dedicar-se mais à rivalidade com a China.

A guerra na Ucrânia permitiu até agora que o mandatário americano marque a primeira quadrícula: o Ocidente impôs sanções econômicas sem precedentes à Rússia, enquanto que alguns países fizeram mudanças estratégicas dramáticas.

Em relação ao "pivô em direção à Ásia", Biden se vê obrigado, atualmente, a ir em direção à Europa. Porém a ofensiva do presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia poderá se revelar ser um equilíbrio de poder entre Washington e Pequim.

Os Estados Unidos aumentaram a voz na semana passada para expressar publicamente sua preocupação pelo possível apoio militar e econômico da China à Rússia. Durante uma videochamada na sexta, Biden ameaçou seu homólogo chinês, Xi Jinping, com represálias.

Acompanhe o avanço das tropas russas na Ucrânia a cada dia

China

O presidente americano aposta que a severidade das sanções contra a Rússia fará a China refletir. A segunda potência econômica mundial, cujos funcionários, longe de condenar a invasão da Ucrânia, se negam inclusive a falar de "guerra", preferindo palavras como "crise" ou "situação".

Mas o cálculo de Biden só pode funcionar se os EUA e seus aliados mostrarem a mesma firmeza em direção a Pequim que a compartilharem frente a Moscou.

No entanto, as apostas econômicas de uma possível escalada com a China são de uma dimensão completamente diferente, em um contexto global já volátil nos preços da energia e certos produtos alimentícios em alta.

O presidente americano e seus aliados também deverão decidir como manter a pressão sobre Moscou. Após quase um mês de guerra, consultas e escalada de sanções, que ameaças os ocidentais podem ostentar diante do sangrento conflito que continua?

Economicamente, muitos cartuchos já foram disparados. A nível militar, os americanos comemoram regularmente ter "galvanizado" a Otan, mas as opções são reduzidas e mais complexas.

Biden, por exemplo, prometeu ajudar Kiev a adquirir sistemas de defesa antiaérea de longo alcance, os S-300 russos. Mas este compromisso impõe difíceis questões logísticas e estratégicas: onde encontrar estes dispositivos? Como entregá-los? Como fortalecer as forças ucranianas sem debilitar outros países europeus?

Um incidente recente que envolveu a Polônia ilustrou o limite estabelecido pelo próprio Estados Unidos: não fazer nada que provoque um confronto militar direto com a Rússia.

Varsóvia havia oferecido confiar aos americanos aeronaves de combate Mig-29, para que eles os entregassem à Ucrânia. Mas Washington rejeitou, bem secamente, a proposta.

 

AFP