Biden pede ao Congresso verbas para Ucrânia e Israel: "Rússia e Hamas querem aniquilar democracias"

Biden pede ao Congresso verbas para Ucrânia e Israel: "Rússia e Hamas querem aniquilar democracias"

Presidente dos EUA reforçou que pacote projetado em US$ 100 bilhões deixará país "mais seguro por gerações"

AFP

Presidente dos EUA, Joe Biden

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O grupo islamista palestino Hamas e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, querem "aniquilar" democracias, afirmou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta quinta-feira. No discurso em cadeia nacional, ele anunciou que pedirá ao Congresso norte-americano  financiamento "urgente" para o envio de ajuda militar a Israel e Ucrânia. Ao mesmo tempo em que deve enviar o pedido projetado em US$ 100 bilhões, Biden aguarda a liberação negociada de 20 caminhões de auxílio humanitário para a área afetada por bombardeios israelenses na Faixa de Gaza.

Os Estados Unidos estarão mais seguros "por gerações" se ajudarem esses dois países em guerra, insistiu Biden em uma mensagem incomum à nação direto do Salão Oval da Casa Branca. "O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas têm algo em comum: ambos querem aniquilar completamente uma democracia vizinha", acrescentou o democrata de 80 anos, que acabou de retornar de Tel Aviv, onde assegurou ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que os EUA apoiam Israel.

Por isso, ele pedirá na sexta-feira ao Congresso que financie "urgentemente" a ajuda a Israel e Ucrânia, "nossos parceiros essenciais". Com esse discurso, Biden, candidato à reeleição, quer convencer seus rivais republicanos, mas também os eleitores cansados da guerra na Ucrânia, sobre a necessidade de um pacote de ajuda para Kiev e Israel.

Ao vincular a defesa de Israel com a da Ucrânia, ele espera obter o consenso que até agora lhe faltou no Congresso para financiar ajuda militar adicional a Kiev. "Não podemos permitir que a política mesquinha e partidária e a raiva se interponham em nossa responsabilidade como uma grande nação. Não podemos e não vamos permitir que terroristas como o Hamas e tiranos como Putin vençam. Eu me recuso a permitir que isso aconteça", disse Biden, convencido de que seu país continua sendo o guardião da liberdade no mundo.

"Pôr tudo isso em risco, se nos afastarmos da Ucrânia, se virarmos as costas para Israel, simplesmente não vale a pena", insistiu Biden. "Os Estados Unidos ainda são um farol para o mundo. Ainda. Ainda."


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