Biden propõe reunificação de Gaza e Cisjordânia sob "Autoridade Palestina"

Biden propõe reunificação de Gaza e Cisjordânia sob "Autoridade Palestina"

Presidente dos EUA publicou coluna no The Washington Post

AFP

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Gaza e Cisjordânia deveriam "se reunificar" sob uma Autoridade Palestina "reforçada", considerou o presidente norte-americano, Joe Biden, em uma coluna publicada neste sábado.

A manifestação acontece em plena guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

"Enquanto lutamos pela paz, Gaza e Cisjordânia deveriam se reunificar sob uma única estrutura de governança, essencialmente sob uma Autoridade Palestina reforçada, enquanto todos trabalhamos com vistas a uma solução de dois Estados", escreveu Biden no The Washington Post, em alusão à criação de um Estado palestino ao lado de Israel.

Washington, que é o principal aliado de Israel, deu apoio incondicional ao país em sua resposta ao ataque chocante do Hamas, que em 7 de outubro matou 1.200 pessoas, a maioria civis, em território israelense. Cerca de 240 pessoas foram feitas reféns e levadas para Gaza.

Mas à medida que aumenta o número de mortos na represália israelense de bombardeios e incursões terrestres a Gaza (12.300, incluindo mais de 5.000 crianças, segundo o governo do Hamas), os Estados Unidos expressam sua preocupação e lançam questionamentos sobre o futuro de Gaza depois que o Hamas for derrotado.

"Uma solução de dois Estados é a única forma de garantir a segurança a longo prazo, tanto do povo israelense quanto do palestino. Embora neste momento possa parecer que esse futuro nunca esteve tão distante, esta crise o tornou mais imperativo do que nunca", escreveu Biden.

O presidente americano também ameaçou adotar sanções contra os colonos que cometerem atos de violência contra os palestinos na Cisjordânia em meio ao conflito em Gaza.

"Tenho sido enfático com os líderes de Israel, de que a violência extremista contra os palestinos na Cisjordânia deve parar e os que cometem a violência devem prestar contas", disse.

"Os Estados Unidos estão preparados para tomar nossas próprias medidas, inclusive a emissão de proibições de visto contra extremistas que atacam civis na Cisjordânia", completou.


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