Biológa gaúcha Ana Paula deixa a prisão na Rússia
Ativista foi a primeira dos 30 integrantes do Greenpeace detidos a ganhar liberdade
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Detida desde o dia 23 de setembro, depois de participar de um protesto contra exploração de petróleo no Ártico, Ana Paula Maciel ganhou direito a liberdade sob o pagamento de fiança na terça-feira. O Greenpeace ainda não informou se a gaúcha poderá deixar o país ou terá que seguir em território russo. Pelo Twitter, a presidente Dilma Rousseff a afirmou que o Ministério das Relações Exteriores seguirá acompanhando o caso.
Rosangela Maciel, mãe de Ana Paula, comemorou a notícia, mas ressaltou que a história ainda não chegou ao fim. “Meu coração de mãe sempre me disse para eu manter a fé. Mal posso esperar para ter minha amada filha nos meus braços e de volta a casa. Sabemos que o caso ainda não terminou, mas minha filha é uma guerreira e superará tudo isso no final”, declarou.
“As imagens da nossa querida amiga Ana Paula saindo do Centro de Detenções são algo que milhões de pessoas ao redor do mundo vão receber como sinal de esperança. Esperamos que os outros 29 guerreiros tenham o mesmo destino, que possam voltar para suas famílias e que sua mensagem pelo Ártico alcance as pessoas”, afirmou o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo. “Porém, nenhum de nossos amigos estará, de fato, em liberdade enquanto as acusações continuarem de pé e enquanto eles não puderem voltar para suas casas”, completou.
Além da gaúcha, outros 17 ativistas do grupo já receberam o direito a liberdade sob o pagamento de fiança e devem deixar a prisão nas próximas horas. Nesta quarta-feira, ganharam o beneficio o capitão do navio Artic Sunrise, o americano Peter Willcox, os holandeses Faza Oulahsen e Mannes Ubels e os britânicos Alexandra Harris e Kieron Bryan. Eles receberam o direito a liberdade com o pagamento da fiança, fixada em dois milhões de rublos (R$ 140 mil), mesmo valor que a ONG pagou pela liberação de Ana Paula.
Ana Paula estava detida desde o dia 23 de setembro, depois de participar de um protesto contra exploração de petróleo no Ártico | Foto: Dimitri Sharomov / Divulgação Greenpeace AFP
