Blogueiro saudita pode ser condenado à morte após tuíte sobre Maomé
Homem foi preso na Malásia e extraditado à Arábia Saudita
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Ele vai continuar na Arábia Saudita sob "a acusação de apostasia", disse o jornal Daily News, citando "fontes bem informadas". Sua prisão foi relatada por outros jornais, sem mais detalhes. A Anistia Internacional e a Human Rights Watch pediram à Malásia que não o reenviassem para Riad, "onde poderá ser executado", segundo a Anistia.
Hamza Kashgari, que trabalha para um jornal local de Jeddah, publicou em seu Twitter uma mensagem para o profeta Maomé no dia do aniversário de seu nascimento,em 4 de fevereiro. "No seu aniversário, eu não vou me curvar diante de você (...) Eu gostava de algumas coisas em você, mas odiava outras, e não entendi muitas coisas sobre você", postou ele, no tuíte.
Seu comentário causou protestos na web, enquanto o comitê saudita de fatwas (decretos religiosos) afirmou que o tuíte constitui uma "apostasia", crime que pode ser punido até com a morte na Arábia Saudita. Um grupo no Facebook nomeado "o povo saudita exige a execução de Hamza Kashgari" contava com mais de 21 mil integrantes nesta segunda-feira.
Jornalista estaria tentando ir à Nova Zelândia
Hamza Kashgari foi preso em sua chegada na quinta-feira a Kuala Lumpur e extraditado no domingo da Malásia. Algumas ONGs afirmaram que o destino final do jornalista era a Nova Zelândia. A Malásia e a Arábia Saudita não possuem tratado oficial de extradição, mas os dois países muçulmanos mantêm relações cordiais.