Brasil classifica retomada de caça a baleias pelo Japão de "grande retrocesso"

Brasil classifica retomada de caça a baleias pelo Japão de "grande retrocesso"

Ministro do Meio Ambiente destacou defesa de todas as formas de vida dos mares pelo país

Agência Brasil

Ministro do Meio Ambiente destacou defesa de todas as formas de vida dos mares pelo país

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O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, classificou de “grande retrocesso no cenário global” a decisão anunciada pelo governo do Japão, nesta quarta-feira, de retomar a caça das baleias e deixar a Comissão Internacional da Baleia (CIB). Em nota, o Ministério do Meio Ambiente informa que tal iniciativa “ ignora a posição majoritária dos países”. Ressalta ainda que o Brasil é um defensor de todas as formas de vida.

“O Brasil historicamente postula pela defesa de todas as formas de vida nos mares do planeta, principalmente dos cetáceos (animais marinhos que pertencem à classe dos mamíferos), que têm muitas espécies ameaçadas de extinção”, diz o comunicado. “Temos muito a avançar e somente por meio da atuação integrada dos países-membros da CIB poderemos ter êxito na proteção dessas espécies e em outras agendas relacionadas, como o combate ao lixo no mar e ao aquecimento global.”

O texto destaca também que há no Brasil um esforço para garantir a preservação de várias espécies. “Em nossa zona exclusiva, protegemos as baleias jubarte e franca, os golfinhos, as tartarugas e manejamos a pesca de espécies comerciais para garantir a sobrevivência das espécies mais exploradas. Além disso, ampliamos as unidades de conservação costeiras marinhas de 1,5% para 26%, para preservar os hábitats da fauna marinha.”

O comunicado lembra que, na Declaração de Florianópolis, foi reafirmada a importância da manutenção da moratória à caça comercial de baleias e da obrigação da CIB de garantir financiamento adequado para atividades de conservação e uso não letal e não extrativo de cetáceos, como o turismo de avistamento.

O governo da Austrália também lamentou a decisão das autoridades japonesas e apelou para que revisem a medida e abandonem a iniciativa de retomar a caça comercial de baleias a partir de julho de 2019.

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