Brasil não quer ser agência de certificação internacional no caso Bin Laden, diz Garcia

Brasil não quer ser agência de certificação internacional no caso Bin Laden, diz Garcia

Assessor especial de assuntos internacionais do governo afirma que Planalto acompanha atentamente desdobramentos

Agência Brasil

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O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta segunda-feira que o governo do Brasil não pretende assumir o papel de “agência de certificação internacional” no que se refere à morte do líder e fundador da rede Al-Qaeda, Osama Bin Laden.

Segundo ele, o Brasil não opinará sobre a polêmica provocada por autoridades norte-americanas que levantaram dúvidas sobre como o governo paquistanês desconhecia a presença do líder no país.

Garcia disse que o governo brasileiro acompanha atentamente os desdobramentos envolvendo a morte de Bin Laden, mas ressaltou que, por motivo de “prudência”, o Brasil não entrará no debate entre os governos dos Estados Unidos e do Paquistão. “Não queremos ser uma agência de certificação internacional.”

O assessor especial lembrou que o Paquistão é um país de relevância internacional por vários aspectos, um deles a questão de ser uma potência nuclear. “Não queremos opinar sobre a questão da confiabilidade do Paquistão.”

Bin Laden foi morto no último dia 1º por forças especiais dos Estados Unidos, que invadiram a casa onde ele vivia com a família, a 100 quilômetros de Islamabad, capital do Paquistão. A operação foi executada sem a autorização do governo paquistanês. A ação gerou críticas e polêmicas na comunidade internacional, assim como reações de seguidores do líder da Al-Qaeda.

Em entrevista nesse domingo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu às autoridades do Paquistão que investiguem a existência de uma possível rede de apoio que ajudava Bin Laden. Para Obama, havia apoio para manter Bin Laden escondido no país. Segundo ele, é necessário descobrir se havia suporte de integrantes do governo ao líder da Al-Qaeda.

Com a morte de Bin Laden, aumentaram as especulações se o novo líder da Al-Qaeda deve ser o homem que é considerado atualmente o número 2 da rede, Ayman Al Zawahiri.

Na operação que levou à morte de Bin Laden, foram apreendidos arquivos digitais, de áudio e vídeo, além de material impresso, computadores, dispositivos de gravação e documentos escritos à mão. Em meio aos documentos, havia ainda cartas pessoais do líder e de pessoas ligadas a ele.

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