Brasileira estaria entre reféns na Austrália

Brasileira estaria entre reféns na Austrália

Homem mantém diversas pessoas em café de Sydney

Correio do Povo e R7

Brasileira estaria entre reféns na Austrália

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A brasilera Marcia Mikhael seria uma das reféns sequestradas por um suposto ativista islâmico em Sydney, na Austrália. De acordo com a polícia, o sequestrador mantém desde domingo dezenas de pessoas na cafeteria Lindt no centro da maior cidade australiana.

O jornal Correio Brasiliense recebeu a confirmação de que Marcia Mikhael, natural de Goiás, está entre os reféns por meio do irmão da brasileira, Ricardo Khouri. No Facebook, amigos da mulher criaram uma página chamada Pray For Márcia Mikhael (Rezem pela Marcia, em tradução livre). Conforme noticiado, Marcia tem nacionalidade australiana e trabalha com o setor de esporte e saúde.

Um homem armado, aparentemente sozinho, sequestrou várias pessoas e exibiu uma bandeira geralmente utilizada por grupos jihadistas, sem que, por ora, se tenha notícia de feridos. Seis horas depois do início da tomada de reféns, cinco pessoas - três homens e duas mulheres - conseguiram sair do café em dois momentos diferentes, informou a polícia australiana.Entre os cinco reféns que conseguiram fugir, está a camareira Elly Chen e um funcionário da empresa indiana de informática Infosys, segundo a imprensa.

Dezenas de policiais cercam o Lindt Chocolat Café, um estabelecimento situado na Martin Place - uma praça central do bairro financeiro da capital -, onde também há vários prédios oficiais. As imagens de televisão mostram nas janelas do café uma bandeira negra com a inscrição em árabe "Não existe outro Deus a não ser Alá, Maomé é o mensageiro de Alá". "É chocante para todo o mundo", declarou Goldie Jamshidi, que trabalha numa das lojas do bairro.

O governo disse que ainda não sabe que é a motivação do sequestrador, mas que a bandeira é um sinal de que pode ser um ato terrorista. Depois do início do sequestro, mais de 40 grupos muçulmanos australianos condenaram a ação. "Nós rejeitamos qualquer tentativa de tirar vidas de seres humanos inocentes ou de levar medo e terror a seus corações", afirmam em um comunicado, no qual chamam o sequestro de "ato desprezível".

Os grupos muçulmanos indicaram que a inscrição na bandeira negra "não representa um posicionamento político, e sim reafirma o testemunho da fé do qual se apropriaram de maneira indevida indivíduos desorientados que não representam ninguém, exceto a si mesmos".  "Este ato desprezível serve apenas para as agendas daqueles que buscam destruir a boa vontade do povo da Austrália e para prejudicar e ridiculizar a religião do Islã e os muçulmanos australianos", completa a nota. "Nossos pensamentos estão com os reféns e seus entes queridos".

Líderes religiosos pediram nesta segunda-feira aos fiéis que se unam e rezem por uma solução pacífica. A Austrália está em estado de alerta nas últimas semanas pelo temor do governo de que alguns de seus cidadãos que lutam junto aos jihadistas no Iraque e na Síria possam cometer ataques em sua volta ao país.

O primeiro-ministro Tony Abbott convocou uma reunião de segurança e chamou os fatos de preocupantes, e pediu também que os cidadãos mantenham a calma. Segundo a Casa Branca, o presidente Barack Obama foi informado e acompanha a situação. Catherine Burn, adjunta do chefe de polícia da Nova Gales do Sul, informou que as autoridades estão em contato com o sequestrador. "Não temos informações de que haja feridos no local dos fatos", acrescentou.

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